Secretária afirma que moradores podem deter ‘degradação’
Publicada em 12/03/2015 às 14:00Algumas reflexões colocadas no lançamento da 2ª fase do Plano Diretor Participativo indagaram sobre os motivos de os bairros estarem perdendo sua alegria e sossego, de imensas torres estarem tirando a vista da Serra do Japi ou de as pessoas não conviverem mais em espaços públicos. “Será que nosso caminho é fechar praças e bairros, ficarmos cheios de câmeras e condomínios? Os mesmos muros que protegem também aprisionam”, afirmou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
Ela reforçou a preocupação manifestada pelo prefeito Pedro Bigardi sobre a questão dos recursos hídricos, lembrando que o equilíbrio histórico de Jundiaí com 1/3 de área florestal na Serra, 1/3 de área urbana e 1/3 de área rural e de mananciais está ameaçado, com 30% da área rural perdida nos últimos dez anos.
Confira o relatório de pesquisa da Leitura Comunitária
MAIS PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO
Para consultor, cidade é o sistema de vida do futuro
Prefeito convida moradores a participarem de Plano Diretor
“Temos uma legislação atualmente em que uma das leis aponta a conservação de mananciais e outra permite a expansão da área urbana sobre essa mesma região da cidade. Vamos revisar isso, reunindo em uma única lei mais alinhada inclusive com os princípios da Área de Proteção Ambiental, porque é algo estruturante”, afirmou Daniela, lembrando que esse trabalho será feito por todas as secretarias e órgãos municipais em conjunto com a população e entidades.
Ela afirmou também que o abastecimento de água ou a produção de alimentos são preocupações contemporâneas de boa parte das cidades. Mas a parte urbana também deve ser alvo de preocupações, como dos eixos de infraestrutura e de mobilidade, com acesso para as diversas classes sociais, com estruturas de convívio e trajetos caminháveis em que o carro possa ser uma opção suplementar e não o único meio de deslocamento.
“Prezados cidadãos e cidadãs, a cidade se contrói com laços, com pertencimento e com participação. É também um conflito de interesses e pontos de vista, mas é onde podemos nos reconhecer, zelar pela nossa vida em comunidade”, afirmou.
A ampla pergunta que ficou para todos nesse convite à participação é: “Qual Jundiaí queremos?”.
Além do Grupo Gestor do Plano (formado por 60% da sociedade civil e 40% do poder público), que teve seu decreto assinado durante o ato de lançamento pelo prefeito Pedro Bigardi para ser promulgado na edição desta sexta-feira (13) da Imprensa Oficial, o processo conta ainda com um ponto de apoio na Sala do Plano, que funciona diariamente no 5º andar do Paço Municipal.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Paulo Grégio
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