Prefeitura cede imóvel para Fundação Nacional Ferroviária
Publicada em 22/03/2016 às 18:53O prefeito Pedro Bigardi assinou na tarde desta terça-feira (22) um termo que permite o uso por 15 anos de um imóvel público pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias Paulistas.
O espaço, uma casa pertencente ao Complexo Fepasa, com endereço na rua Abolição (ao lado da entrada do estacionamento do Poupatempo), vai servir de futura sede à Fundação Nacional dos Ferroviários, entidade já balizada pelo Ministério Público Estadual a título de qualificar trabalhadores da ferrovia, promover cursos, zelar pelo espólio material e cultural ferroviário, além de assumir a função de agente fiscalizador.
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O prefeito esteve acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser, e do diretor de Fomento à Indústria, Gilson Pichioli – entusiasta do modal ferroviário.
“É mais um passo no sentido da valorização do legado ferroviário em Jundiaí. O imóvel, aliás, só poderá ser utilizado dentro desses termos específicos. E como Fundação, o caminho para busca de recursos torna-se facilitado e tem o apoio da Prefeitura”, explicou o prefeito durante o ato da assinatura, ocorrida no gabinete do Paço Municipal.
Para o presidente do Sindicato, Francisco Aparecido Felício, o França, o sinal foi aberto para que a entidade desenvolva um projeto de revitalização do imóvel, respeitando toda concepção arquitetônica da casa.
“Vale lembrar que esse projeto deve ser submetido à aprovação da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural (Compac), para que, só após essa etapa, as obras tenham início”, explicou França. A expectativa, segundo ele, é que em dois anos a Fundação passe a operar no endereço.
Já o secretário-geral do Sindicato, José Antônio Matias, lembrou a importância do restauro da memória ferroviária. “A Previdência Social, as cooperativas de consumo e de habitação, a complementação salarial, enfim, uma série de dispositivos legais nasceram dentro da ferrovia e isso precisa ser zelado com atenção.”
Terminal Ferroviário
O diretor de Fomento à Indústria, Gilson Pichioli lembrou o avanço na retomada do transporte ferroviário na cidade. No fim de janeiro, o Ministério dos Transportes declarou os bens da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) como reserva técnica exclusiva ao uso, expansão e aumento da capacidade de prestação do serviço público de transporte ferroviário.
A medida significa que, em Jundiaí, uma área pertencente à União, de aproximadamente 257 mil metros quadrados, vai ser assumida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com objetivo de destinação futura à concessão privada – no caso, à MRS Logística – que já atua no transporte ferroviário de cargas existente na cidade. O espaço vai abrigar o futuro Terminal Ferroviário de Jundiaí, com objetivo aumentar a capacidade de escoamento da produção local.
“O reflexo do fortalecimento dessa modalidade de transporte incentiva, além das empresas já instaladas, a vinda de novas empresas para a cidade, tanto aquelas que exportam ou importam mercadorias”, explicou Pichioli.
Thiago Secco
Foto: Dorival Pinheiro Filho
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