Anacã Cia de Dança participa da Virada com espetáculo sobre amor
Publicada em 16/05/2016 às 15:18O Teatro Polytheama recebe o espetáculo “EleEla”, da Anacã Cia de Dança, na sexta-feira (20), a partir das 20h. A apresentação integra a programação gratuita da Virada Jundiaí 2016 e vai contar a história de sete casais que representam um nascimento às avessas: em vez do homem nascer da mulher, a mulher é que nasce do homem – uma alusão ao mito de Adão e Eva, que inaugura as possibilidades de relação entre homens e mulheres.
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Do jogo de sedução às promessas de amor eterno, dos olhares ao desejo, da Cinderela às farras amorosas e sexuais: na obra, todas essas fases são atravessadas pelo amor, pelo arroubo do sentimento, mas vividas e sentidas diferentemente por cada um dos gêneros. “A ideia do ‘príncipe’ ou ‘princesa’ ainda é atual para muita gente. Este conceito de parceiro ideal ainda habita a cabeça das pessoas, mas a busca por essa metade idealizada frustra, porque não se concretiza nunca”, explica o coreógrafo Edy Wilson.
No palco, o coreógrafo passeia por diferentes formações, entre solos, duos e trios e, especialmente, conjuntos para explorar temas como a dualidade entre homem e mulher, os jogos de sedução entre essas duas figuras, a sensualidade, a ilusão e a ingenuidade do amor romântico. São 14 cenas, 14 bailarinos e o jazz é pontuado em meio à construção de uma cena absolutamente contemporânea. “Todos eles sentem o mesmo desejo, mas com intensidades diferentes. Quero mostrar outras nuances de atitudes de desejo”, finaliza Wilson.
Produção
O figurino é desenvolvido pela estilista Úrsula Félix, que, por mais de dez anos, atuou como diretora criativa do ateliê de Tânia Agra, que, além de sua mãe, é uma das mais conceituadas figurinistas de trajes de balé clássico do País. Para “EleEla”, Úrsula desenvolveu um design que migra gradualmente, a cada cena, de tons terrosos para tons quentes, com destaque para os sapatos de salto que as bailarinas ostentam.
Também, conhecido por seu trabalho na criação de músicas voltadas para dança contemporânea, o músico jundiaiense Divanir Gattamorta, do Departamento de Artes Corporais da Unicamp, se arrisca pela primeira vez na composição para uma obra de dança jazz. Ao misturar influências, ele trilha um caminho nada óbvio para o gênero, ao desafiar os ouvidos dos bailarinos, convocados por Edy Wilson a imprimirem suas individualidades em cada movimento.
Quem assina a cenografia é o jovem e premiado artista plástico Lucas Simões, que reflete em suas obras uma forte conexão com a arquitetura, visto que sua construção de recortes, sobreposições e padrões geométricos naturalmente geram a ilusão de profundidade e perspectiva.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação
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