Evento busca soluções para violência sexual de crianças e adolescentes
Publicada em 18/05/2017 às 19:01Somente em 2016, 160 casos suspeitos de violência sexual foram atendidos pela rede de acolhimento em Jundiaí. Um número que, certamente, não representa o cenário de uma violência ainda velada e registrada, na maioria das vezes, dentro do ambiente familiar. Foi diante deste cenário que ocorreu nesta quinta-feira (18), no auditório da UNIP, o 4º Encontro do Dia Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes.
Promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Jundiaí, o evento trouxe à tona o tema “Faça bonito – desconstruindo preconceitos para poder proteger”. Entre os objetivos estão a sensibilização dos equipamentos, a divulgação dos mecanismos de enfrentamento e criação de oportunidades para que o tema esteja sempre em discussão.
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Para a gestora da Unidade de Assistência e Desenvolvimento Social, Nádia Taffarello, a discussão sobre violência contra criança e adolescente passa por algumas questões essenciais que precisam ser prioritárias na elaboração das ações. “Inicialmente, é preciso detectar estes crimes sexuais cometidos às escuras, assim como é importante fortalecer o fluxo de atendimento, assim como garantir o direito de não revitimização das crianças”, afirma.
A recém-empossada à presidência do CMDCA, Alda Maria Carrara, encara como um desafio a continuidade do trabalho hoje desenvolvido pela rede de acolhimento às vítimas de violência sexual. “Cabe aqui um pedido de perdão por tudo o que não conseguimos realizar, mas acreditamos que o bonito da vida é buscar e acreditar que, pelo trabalho, conseguiremos transformar o mundo, e é isso que faremos junto com o Conselho Tutelar, a Delegacia de Defesa da Mulher e o Ambulatório de Saúde da Mulher”, garante.
O dia 18 de maio foi instituído em 1973, quando uma menina de 8 anos, em Vitória, no Espírito Santo, foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos.
Com a repercussão do caso e a forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, a data ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Desde então, se tornou o dia para que a população brasileira se uma e se manifeste contra esse tipo de violência.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ
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