Segundo dia da V SAP apresenta palestras sobre ensino híbrido e integração com natureza
Publicada em 03/02/2022 às 18:23O programa Escola Inovadora promoveu, nesta quinta-feira (3), o segundo dia da V SAP (Semana de Atualização Pedagógica). Com programação 100% on-line, a ação da Unidade de Gestão de Educação, faz parte da formação de educadores, que tem como objetivo aprimorar o conhecimento dos profissionais de educação da rede municipal de ensino. Todas as palestras contaram com intérpretes de libras.
As palestras foram abertas com a diretora da Tríade Educacional, Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Mestre em Educação e do Desenvolvimento Humano, Lilian Bacich, com o tema “Viver o cotidiano na escola da infância”.
Lilian falou sobre a importância da base teórica “Só avançamos se houver o apoio em elementos com fundamento”, afirmou. Ela também tratou sobre a metodologia ativa. “É basicamente o percurso metodológico, que é fundamental para construir experiências do ensino híbrido como também do desemparedamento. Não dá para pensar em quebrar paredes sem mudar o percurso metodológico. Precisamos pensar em percursos que coloquem o aluno no centro do processo, colocar o aluno em contato com o conteúdo, em ação e depois a reflexão”, comentou.
O ensino híbrido esteve também no foco. “É quando se integra diversos espaços físicos de aprendizagem com o on-line. O digital é levado também para dentro da escola, é integrar momentos com e sem tecnologia digital. É preciso fazer uma integração para que os recursos se complementem”, complementou a mestre em educação.
Na sequência, Maria Carmen Silveira Barbosa, professora, Pós-Doutora e mestre em planejamento em Educação palestrou sobre “Viver o cotidiano na escola da infância”. Maria Carmen abriu a palestra declarando que a escola é o lugar onde as crianças vivem a infância . “Não podemos esquecer isso. Precisamos pensar e trabalhar para que as crianças possam aprender e viver a infância. Uma escola está sempre situada em um contexto, cada escola precisa conhecer e se relacionar com seus contextos, os territórios reais e imaginários, a cultura local e assim tecer um espaço para a criança se constituir como pessoa. Nem sempre as culturas são iguais e terão conflito, mas é preciso conhecer e interagir”.
A mestre em Planejamento ainda lembrou que, durante muito tempo, a criança foi desconsiderada. “Suas capacidades e saberes, a relação modificou e ficou mais próxima. Na escola elas vão aprender uma referência do modo ser no mundo e precisa ser uma instituição que acolha, lugar desafiador, lúdico.
O período da tarde foi aberto com o Doutorando em Metodologias Ativas e mestre em tecnologias digitais, Fernando Trevisani e o Doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, Adolfo Tanzi Neto, que conversam sobre “Modelos de Ensino Híbrido e práticas docentes: repensando os espaços arquitetônicos das salas de aula contemporâneas”.
Na palestra, o professor Adolfo tratou sobre os espaços arquitetônicos e falou sobre o design pedagógico para ocupar os espaços e vai encaixar na nova discussão proposta. “Educação é transmissível, precisamos trabalhar autonomia, que precisa ser dada às crianças. Hoje temos uma organização arquitetônica dentro da sala de aula que não cria espaços de colaboração. É necessário fazer a quebra da perspectiva para contemplar o aluno no centro, caminhar para uma educação contemporânea. Fazer o exercício diário da centralização versus a descentralização. Criar espaços de trabalho em que os estudantes não fiquem tão presos às decisões do professor. Pensem em formas de interação”, afirmou.
Já Fernando Trevisani lembrou que mesmo antes da pandemia, o cenário é de mudança. “Valores, comportamentos, constituições familiares e as próprias gerações mudaram e mudam. “Precisamos diversificar a forma de ensinar”. Ele também relembrou que o ensino híbrido utiliza recursos digitais e de ensino presencial integrados, com foco na personalização do ensino por meio de dados coletados.
Às 16 horas, sob o tema “O digital, a natureza – encontros possíveis na infância”, a Mestre e Doutora em Psicologia e Educação, Ana Teresa Gavião Mariotti, a Mestre em literatura pela USP, Aparecida de Fátima Bosco Benevenuto e a especialista em Linguagens da Arte pela USP, Fernanda Dodi conversam com os educadores para encerrar o segundo dia da V SAP.
As educadoras que atuam na Fundação Antonio-Antonieta Cintra Gordinho apresentaram o levantamento de aprendizagens e experiências que se pode viver em um espaço e a possibilidade de “Entender, por exemplo, como a matemática pode ser aplicada na natureza como em uma árvore, profundidade, diâmetro, distâncias, entre outros”.
A V SAP encerra amanhã (4), com atividades 100% on-line. Para saber mais sobre o evento basta acessar o site https://vsapjundiai.com.br/
Assessoria de Imprensa
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