Jundiaí segue com orientações para prevenir a febre maculosa
Publicada em 17/10/2023 às 10:18Mesmo com o fim da época de maior risco de transmissão da febre maculosa, que ocorre entre os meses de abril a outubro, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), a partir das Vigilâncias em Saúde Ambiental (VISAM) e Vigilância Epidemiológica (VE), permanece atenta às áreas de risco de parasitismo por carrapatos e de transmissão da doença.
“Menos de 1% da população dos carrapatos-estrela, vetor da doença, presente no ambiente está contaminada, mas a bactéria causadora da doença é endêmica no Estado de São Paulo. Ao longo do ano, sem cessar, realizamos trabalho preventivo, acompanhando o nível de infestação em locais em que pode haver a ocorrência desses animais e orientando a população para as medidas de enfrentamento da doença e sobre a importância do atendimento médico oportuno”, explica o coordenador da VISAM, Luis Gustavo Grijota Nascimento.
Em Jundiaí, a Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) realiza a zeladoria, mantendo a vegetação roçada, em áreas públicas onde há circulação de animais hospedeiros de carrapatos, como capivaras, bois e cavalos. Além disso, os espaços onde pode haver a ocorrência dos carrapatos recebem placas de alerta, exigindo a maior atenção da população. Já a Unidade de Gestão de Planejamento e Meio Ambiente (UGPUMA), de maneira permanente, faz o monitoramento das populações de capivara no Município.
Cenário
A cidade segue sem oscilações no quadro epidemiológico nos últimos anos. Entre 2017 e 2020, foram dois casos positivos por ano. Em 2021 e 2022, um caso foi registrado em cada ano.
Neste ano, são dois casos de febre maculosa em residentes, com um óbito. Um dos casos é importado de Campinas e o segundo, autóctone. Ambos contraídos em junho. A confirmação da segunda ocorrência ocorreu na última semana pelo Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Trata-se de um homem de 42 anos que recebeu atendimento em tempo oportuno na rede municipal de saúde, não necessitando de internação, e está recuperado. O exame para confirmação do diagnóstico compreendeu duas amostras de sangue, sendo a segunda coletada em agosto.
Doença
A febre maculosa não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato-estrela, vetor da bactéria do gênero Rickettsia. Entre os sintomas da doença estão: febre, dor no corpo, dor de cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo. O período de incubação é de 2 a 14 dias.
A orientação é que a pessoa procure atendimento médico imediatamente após o aparecimento de sintomas sugestivos em até 15 dias após ter acessado áreas de risco (de mata, capina, ciliares ou de pasto), independentemente de ter identificado carrapato ou picada no corpo e informe ao médico que esteve nessas áreas. O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ
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