Prefeitura de Jundiaí promove COPinha Japy e amplia escuta das crianças sobre mudanças climáticas
Publicada em 12/09/2025 às 12:00A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), realizou na última terça-feira (9), na Fábrica das Infâncias, a COPinha Japy – a COP 30 das Crianças de Jundiaí. O encontro reuniu estudantes do Ensino Fundamental que integram o Comitê das Crianças e os Conselhinhos das EMEBs, em um espaço de escuta ativa para refletirem sobre problemas e proporem soluções relacionadas aos impactos das mudanças climáticas na casa, no bairro, na escola e na cidade.
Após uma breve apresentação sobre a Conferência das Partes (COP) e a COP 30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará, os grupos se dividiram em atividades práticas. Parte das crianças iniciou a produção de peças para um jogo de tabuleiro, que será concluído em outubro, enquanto outros quatro grupos discutiram propostas de ação em diferentes escalas, do ambiente doméstico até o contexto urbano.
Todos os materiais utilizados foram oriundos do Projeto Origem, que recolhe descartes de empresas locais e os redireciona para atividades pedagógicas nas escolas municipais. O projeto vem perpassa por todos os três eixos do programa Escola da Gente, Social, Governança e Ambiental, e é no último que ele fortalece ainda mais as aprendizagens.
A secretária da SME, Priscila Costa, destacou a relevância da iniciativa no contexto das políticas públicas para a infância. “É um prazer imenso ver nossas crianças como protagonistas desse debate e este é um momento especial, pois conecta a nossa realidade local a uma discussão global, reforçando nosso compromisso com a escuta das crianças e com ações voltadas à proteção ambiental. O trabalho que desenvolvemos por meio do Escola da Gente, é fundamental para fortalecer aprendizagens e a consciência sobre o cuidado com o planeta”, afirmou.
Já a supervisora de Sustentabilidade da SME, Marina Formis de Oliveira, que coordenou a atividade, ressaltou o papel transformador da escuta infantil. “As crianças são o público mais afetado pelas mudanças climáticas e precisam ser ouvidas. Esse encontro faz parte de um movimento nacional, incentivado pelo Instituto Alana, para que os municípios levem a voz das crianças até a COP 30. As propostas apresentadas aqui vão orientar o planejamento da cidade e também integrar um documento que será levado às autoridades estaduais e federais”, explicou.
Entre os participantes, a mobilização foi vista como uma oportunidade de aprendizado e transformação.
Emanuel Vilera Gonçalves, 11 anos, integrante do Comitê das Crianças, aprovou a experiência. “Foi uma ação bem legal para falar da COP 30 e dos desafios atuais. A gente costuma conversar bastante sobre meio ambiente no comitê, e hoje pudemos pensar em soluções, como separar o lixo e evitar o consumismo”, disse.
Já Samira Cristina Araújo, 10 anos, representante dos Conselhinhos das EMEBs, destacou a troca de experiências: “Gostei de conhecer pessoas de outras escolas e pensar em soluções para o bairro. Uma das nossas ideias foi instalar lixeiras para separar melhor os resíduos e incentivar o reaproveitamento. Também falamos sobre plantar mais árvores, porque isso melhora a qualidade de vida de todos”, contou.
Próximos passos
A COPinha Japy terá um segundo encontro no dia 7 de outubro, quando as atividades serão concluídas e o documento coletivo das crianças será finalizado. Esse material vai compor uma carta-manifesto nacional, assinada por diferentes cidades brasileiras, que será levada à COP 30 em Belém, representando o que as crianças esperam em relação à preservação da natureza, à qualidade de vida e ao futuro do planeta.
Assessoria de Imprensa
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