Produtores conhecem mais sobre agricultura orgânica
Publicada em 18/06/2013 às 16:06Cada vez mais cresce o número de pessoas que buscam uma alimentação saudável em Jundiaí. Um exemplo disso é a feira para comercialização dos chamados “produtos orgânicos”, aqueles que são produzidos sem o uso de agrotóxicos. Ela acontece todos os domingos, no final da avenida 9 de Julho. Se por um lado o consumo desses produtos vem aumentando, de outro o interesse dos produtores também tem acompanhado essa expansão.
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Por isso mesmo, na manhã desta terça-feira (18), no auditório da Unidam (Unidade de Desenvolvimento Ambiental) foi realizada uma palestra para produtores locais, tendo como facilitador o engenheiro agrônomo e fiscal federal do Ministério da Agricultura, Marcelo Laurino. Pelo menos 12 pessoas participaram, além do secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi, da diretora de Agronegócio, Marcela Filipini, e dos engenheiros agrônomos da secretaria, Sérgio Pompermaier e Ana Peche.
O objetivo foi trazer informações sobre tudo o que envolve a agricultura orgânica, como técnicas, legislação e benefícios, além de orientar sobre as OCS – Organizações de Controle Social.
De acordo com Brunholi, a vinda do representante do Ministério da Agricultura mostra a importância que a agricultura orgânica ganhou na cidade a partir deste ano. Segundo ele, a demanda local já está consolidada e é interessante que outros produtores também se interessem pela cultura dos orgânicos.
OrganizaçãoMarcelo Laurino explicou que, para contribuir com o fortalecimento dessa ação em Jundiaí, os produtores e outros interessados precisam se constituir de forma organizada. “A Prefeitura mostrou o interesse em expandir esse segmento da agricultura no município e vocês podem aprimorar o processo, criando fóruns para o debate e a troca de informações”, disse.
A criação da OCS, segundo Laurino, é o primeiro passo para a consolidação de uma cooperativa ou associação, visando o escoamento e comercialização dos produtos orgânicos.
De acordo com a lei, para comercializar produtos orgânicos é necessário ter certificações que garantam a qualidade dos produtos. Entretanto, para as OCSs (Organizações de Controle Social), a lei desobriga o agricultor familiar, possuidor de Declaração de Aptidão do Produtor (Dap), da certificação para comercializar os produtos orgânicos, porém necessitando da habilitação por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nessa categoria, ele terá acesso aos mercados institucionais, feiras livres e venda direta em domicílio.
Atividades
O feirante Marcelo Zamboli se formalizou junto à prefeitura para vender produtos orgânicos na primeira feira da cidade com esta finalidade. Após oito fins de semana, ele já pode avaliar como muito positiva a iniciativa da Secretaria de Agricultura.
Zamboli também falou dos derivados dos orgânicos, como manteiga, iogurte e requeijão, produtos que são muito procurados na banca. “As pessoas acham que são apenas verduras, mas a variedade dos orgânicos é grande”, comenta.
A feira da avenida 9 de Julho funciona na praça Monsenhor Doutor Arthur Ricci (no cruzamento com a avenida Prefeito Luiz Latorre), todos os domingos, das 7h às 12h30. Há vagas de estacionamento disponíveis para facilitar o acesso dos consumidores.
Por Alcir de Oliveira
Fotos: Cleber de Almeida
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