Jundiaí tem baixo nível de incidência da hanseníase

Publicada em 25/01/2013 às 18:13

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, ainda é um problema de saúde pública para o Brasil, que possui mais de um caso para cada 10 mil brasileiros. Mas, em Jundiaí, a situação é das mais confortáveis, já que está abaixo de um caso por 10 mil habitantes. Os dados são do Ambulatório de Moléstias Infecciosas, que tem cadastrados na rede pública nove pessoas sendo atendidas.

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O médico Claudinei Martins alerta sobre a necessidade do diagnóstico precoce

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E é o tratamento precoce que vai garantir a cura. Quem explica é o médico Claudinei José Martins, que aproveita a passagem do Dia Mundial de Combate à Hanseníase, em 27 de janeiro, para falar sobre os cuidados e as medidas de prevenção.

A hanseníase é uma doença 100% curável e com diagnóstico mais precoce e tratamento bem aplicado, os números seriam mais confortáveis, abaixo de um caso por dez mil habitantes, como é a situação de Jundiaí (0,24).

“A doença pode ser curável, mas as sequelas não”, garante o médico Claudinei. Por isso mesmo, a Secretaria de Saúde ampliou o treinamento de suas equipes para que a identificação de possíveis casos possa ocorrer nas próprias UBSs que a pessoa já frequenta. Os principais sintomas são manchas na pele com perda de já sensibilidade. Na fase inicial, costumam ser brancas, secas, com queda de pelos e indolores. Muitos não se incomodam e não procuram os serviços de saúde, o que dificulta o diagnóstico precoce e a cura sem sequelas.

De acordo com Claudinei, a doença não diagnosticada na fase inicial, a doença evolui com o aparecimento de manchas avermelhadas e, às vezes, nódulos, atingindo troncos dos nervos principalmente de braços, pernas e face, levando a perdas de sensibilidade e lesões motoras com redução da força e deformidade.

Preconceito ainda existe
As conotações de “impuros” e as sequelas levaram a um grande preconceito dos doentes, mesmo entre seus familiares. Em 2013, o preconceito ainda existe devido à falta de conhecimento da população sobre a doença e seu tratamento. Veja o que você precisa saber:

* Somente 10% da população é suscetível à doença
* Doente em tratamento não transmite a doença e pode viver em sociedade
* Até as formas mais avançadas são curáveis, embora as sequelas são frequentes
* A hanseníase tem quatro formas clinicas e duas não são contagiosas
* Entre os familiares que conviveram no mesmo domicílio com o paciente, a vacina BCG dá boa proteção contra a doença

Claudinei sugere que a população leve muito a sério a frase institucional criada pelo Ministério da Saúde para alertar sobre a doença: “Mancha na pele com perda de sensibilidade, até prova em contrario, é hanseníase”.

Foto: Divulgação


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2013/01/25/jundiai-tem-baixo-nivel-de-incidencia-da-hanseniase/

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