Obras no Museu da Fepasa já começaram
Publicada em 04/03/2013 às 18:54Com investimento de R$ 160 mil reais e previsão de conclusão em 60 dias, as obras de recuperação do telhado do Museu da Companhia Paulista, no Complexo Fepasa, tiveram início na semana passada. Por conta dos trabalhos, a visitação às instalações fica suspensa pelo mesmo período, como informa a diretora-técnica do Complexo Fepasa, Maria Angélica Ribeiro.
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São cerca de 600 metros de telhado que estão sendo recuperados, numa obra emergencial, já que havia infiltração de água e risco à segurança do acervo. Em janeiro, quando foi aberto o processo licitatório para a obra, o secretário de Cultura, Tércio Marinho, manifestou sua preocupação com o abandono do local. “A obra guardada no museu é de grande valor histórico não só para a ferrovia como para a cidade e esses reparos vão impedir que a deterioração do prédio aumente.”
A reforma do telhado é apenas parte do processo de restauração do Museu da Companhia Paulista, já que o local apresenta sinais de deterioração em grande parte das suas instalações. Segundo Maria Angélica, será licitada uma empresa para a restauração e reparo em muitas salas, hoje com a preservação comprometida. “Alguma coisa já estamos fazendo, como a restauração de mapas, trabalho realizado pela professora e artista plástica Letícia Borges”, conta a diretora. Além disso, com o apoio também de alunos da Fatec, está sendo feita a higienização do local.
“Temos um acervo que compreende cerca de 60 mil unidades entre livros e documentos, que não podem ficar expostos a riscos”, explica. Essa a razão, também, do fechamento total do Museu durante as obras no telhado.
O Museu da Companhia Paulista não guarda só a história da ferrovia. Em suas instalações, hoje abandonados e no aguardo de um amplo projeto de restauração, foram registrados grandes momentos da história da cidade, como o nascimento do Gabinete de Leitura Rui Barbosa, do Grêmio CP e até da primeira diretoria do Paulista, cujo integrante, Jaime de Ulhoa Cintra, viria a dar nome ao atual estádio do time. Essas salas foram palco ainda de grandes discussões de interesse de toda a sociedade, além das greves que marcaram a história da ferrovia paulista.
Segundo Maria Angélica, até o último dia de seu funcionamento, o Museu registrava uma frequência mensal de cerca de 1,5 mil pessoas de terça a sexta-feira. Aos sábados e domingos, graças ao projeto do Expresso Turístico, que traz visitantes da Capital para conhecer o acervo e também outros pontos da cidade, são mais 300 pessoas aproximadamente.
As obras estão sendo realizadas com recursos da Secretaria de Educação, já que o Museu da Companhia Paulista, bem como os 30 mil m² de área ocupada pela prefeitura , está atrelado. “É uma área tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e quaisquer interferência passa por um complexo processo de avaliação e estudos”, informa Maria Angélica.
Fotos: Cleber de Almeida
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