Prefeitura de Jundiaí

ESPECIAL: Uma GM atuante e dentro da legalidade

A missão de ser Guarda Municipal, como todo representante de força de segurança pública, não é das mais fáceis. Exige dedicação, empenho, preparo psicológico e força para carregar peso. Sim. Senti na pele, ou melhor, nos ombros, o quanto pesa um colete à prova de balas, equipamento exigido para segurança. Por seis horas, acompanhei o trabalho da GM jundiaiense. Para quem acha que estes homens e mulheres estariam mais acomodados, ledo engano. De janeiro a março do ano passado, a Guarda Municipal realizou 8.083 rondas. Em 2013, já com uma nova administração, os GMs realizaram 9.160 rondas até 22 de março – um aumento de 12% neste tipo de serviço.

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Em relação às ocorrências de apoio ou de ações que acontecem entre uma ronda e outra, em 2012 a marca ficou em 2.055 entre janeiro e março. Somente nos três primeiros meses deste ano, contudo, aconteceram 2.366 qualificações (isso considerando até 22 de março) – um aumento de 13,15%.

A primeira missão que encaro é acompanhar como espectador o programa Anjo da Guarda na escola Ivo de Bona, no bairro Almerinda Chaves. A unidade tem 1.117 alunos e um grande movimento de veículos. Em seguida, após os alunos da diretora Tiemi Goto Pupin entrarem, seguimos para o bairro Jundiaí-Mirim, região Leste da cidade. Uma viatura da Guarda fazia a ronda próxima à UBS quando dois rapazes correram para uma residência. Na casa, cinco pessoas foram apreendidas, sendo um menor por uso de entorpecentes. Além de restos de cigarros de maconha, um tubete de cocaína também foi encontrado e os rapazes forma encaminhados para o 3º Distrito Policial, na Ponte São João.

Atenção total
Trocando de veículo, ao retornar à GM, fui acompanhar a viatura do Apoio Tático. O clima dentro da viatura é até descontraído pela tensão que envolve realizar o trabalho de ronda pela cidade. Os guardas Marjioti, Robinson e Albanez não deixam passar nada despercebido no trajeto até o Vetor Oeste de Jundiaí, região do Novo Horizonte.

Eles comentam das motivações, família, segurança e expectativas até a primeira abordagem. Um veículo parado na região do Eloy Chaves chama a atenção. Mas foi uma averiguação tranquila, pois os dois rapazes abordados haviam saído da empresa e estavam indo pescar em um lago existente na área.

Na avenida que corta o Distrito Industrial FazGran, mais uma abordagem de veículo. O motorista estava deitado no banco de trás. A situação estranha chamou a atenção da equipe, que imediatamente fez o retorno. Foi só um susto. O sistema de som do carro havia disparado e o condutor seguiu o caminho.

Durante a marcha lenta da viatura, o papo circula entre as várias situações do dia a dia. Inevitável perguntar sobre o medo. A resposta é quase em coro. Há o medo, mas a adrenalina ajuda a enfrentar a situação e depois a gente raciocina o que aconteceu. O GM, explica Robinson, não deixa de ser guarda quando termina o seu plantão. “Quando chegamos em casa, continuamos na função. As pessoas nos apontam na rua e pedem para resolver qualquer situação”, completa.

Ameaças? Elas existem, segundo o trio. Mas já respondem que a população tem de ser atendida e a GM está preparada para dar esta resposta. O assunto é comentado quando a viatura entra na Estrada Municipal do Varjão, em que situações de risco podem acontecer devido às inúmeras vielas que cortam o bairro. “Temos que ficar atentos”, explica Marjioti.

Abordagem
O trajeto segue pelo acesso da avenida da Uva até o Morada das Vinhas. A ronda tranquila é surpreendida pelo simples fato de o grupo avistar um homem, de aproximadamente 50 anos, entrar em um terreno formado por muitas árvores. Marjioti, Robinson e Albanez resolvem seguir e se deparam com um cenário preocupante: 10 usuários de droga reunidos em torno de um barraco e fazendo uso dos entorpecentes.

Todos são retirados da área e levados para a avenida e tem início a qualificação de todos. No local, muito lixo, restos de móveis e diversos cachimbos para o consumo de crack. Dentro de uma caixa de som velha, os GMs encontraram uma garrafa de água mineral cheia de tubetes vazios para possível tráfico de cocaína.

Após apenas seis horas acompanhando uma fração do trabalho da Guarda Municipal, voltei com mais respeito ainda pela atuação destes homens e mulheres que contribuem com as forças de segurança da cidade.

Por Édi Gomes
Foto: Fotógrafos PMJ

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