Uma carreira dedicada à Saúde da cidade
Publicada em 16/04/2013 às 11:34Depois de anos de trabalho, finalmente, a enfermeira Helena Soares de Camargo Pantaroto, 53 anos, vê a aposentadoria bater à porta. Mas ela, que dedicou parte da vida ao serviço público, não pensa em parar. Quer montar um consultório e, se for possível conciliar, seguir como servidora.
A trajetória de Helena, que é uma das alunas do curso preparatório para aposentadoria, realizado pela Secretaria de Recursos Humanos, começou quando ela passou no concurso para enfermeira, pela primeira vez, em dezembro de 1988.
No entanto, não se sentiu realizada. “Fui trabalhar em uma Unidade Básica de Saúde, que na época era muito parada”, comentou ela, que tinha experiência de trabalho em centros cirúrgicos de hospitais particulares. Oito meses depois, Helena não teve dúvidas. “O trabalho era bacana, mas não preenchia meu tempo e não me completava como profissional. Pedi exoneração e voltei a trabalhar em hospitais particulares.”
No entanto, em 1991, ela resolveu tentar novamente e passou em novo concurso. “Eu sabia que a Unidade Básica do Jardim São Camilo tinha uma intensa demanda de trabalho e foi lá que recomecei. Foi muito bom.”
Para o novo trabalho, ela arregaçou as mangas. “Conheço tudo por lá. Foi uma fase muito boa. Aprendi muito, acompanhei pacientes por um bom tempo.” Após o período no São Camilo, outro desafio chegou. “Peguei a gerência regional das Unidades Básicas de Saúde. Pulava de uma unidade para outra.”
Depois, foi cedida para prestar serviços à Colsan, realizando coleta de sangue em bairros da cidade. Em seguida, migrou para o NIS (Núcleo Integrado de Saúde) e participou do processo de municipalização do órgão.
Passou também pela Unidade Básica de Saúde do Corrupira, onde ficou 4 anos. “Era um local calmo, mas após passar a atender a demanda do Parque Centenário ficou muito movimentado. Foi um desafio.”
Após esse período, voltou para o NIS e passou a trabalhar em uma área que lhe chamava muito a atenção e a fez procurar especialização: bolsas de colostomia. Foi responsável pelo ambulatório do NIS dentro da Casa de Saúde e, em paralelo, Helena passou a atuar também no NAPD (Núcleo de Assistência à Pessoa com Deficiência).
Com o fechamento da Casa de Saúde, em 1999, passou a atuar apenas no NAPD, local no qual trabalha até hoje e atende a pacientes com lesão medular, feridas, diabéticos e a quem utiliza a bolsa de colostomia.
Além de se dedicar à saúde no município, Helena também acompanha estágios na USP (Universidade de São Paulo) e ministra cursos de especialização na universidade.
Satisfação
A servidora se derrete ao falar do NAPD. “Estou no melhor lugar. É um serviço público com estrutura incrível.” Ela conta ainda que vive ‘em uma ilha da fantasia’. “Sei que o SUS (Sistema Único de Saúde) tem problemas por todo o País. Mas fico brava quando falam mal do SUS, pois no NAPD temos uma coisa fora da realidade do Brasil. E é muito bom fazer parte disso.”
Ela conta que pode se aposentar neste ano, porém, tem medo de parar. “Recebo um carinho imenso dos pacientes. Eles me adoram e eu gosto muito de deles. Todos me passam uma energia muito boa e sei que isso vai me fazer falta.”
Atualmente, são mais de 200 pacientes ostomizados (que usam a bolsa de colostomia) no NAPD. “Acompanho não apenas o tratamento, mas a história de vida de cada um. Sei das dificuldades, das melhoras, do casamento dos filhos, do nascimento dos netos. Eles são um incentivo para a vida. Não sei se estou preparada para quebrar essa ligação.”
Por Luana Dias
Foto: Alessandro Rosman
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