Saúde lembra Dia de Luta Contra Acidentes de Trabalho
Publicada em 29/04/2013 às 17:46A festa do Dia do Trabalho, no feriado de 1º de maio, terá uma ação específica relacionada com a prevenção de acidentes. Organizada pelo Visat-Cerest (Vigilância da Saúde do Trabalhador e Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), da Secretaria de Saúde, a iniciativa ainda tem parceria do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial).
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Os técnicos e estudantes vão apresentar aos visitantes do Parque do Corrupira os banners e orientações criados a partir do seminário promovido nesta segunda-feira (29), no 1º Seminário de Saúde e Segurança do Senac Jundiaí.
Haverá também aferição de pressão arterial, controle de glicemia capilar e orientações gerais de saúde, nutrição e bem-estar para todos os visitantes.
A ação está relacionada com outra data vizinha, 28 de abril, que é o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. Estimulado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), foi criada em memória da explosão de uma mina nos Estados Unidos que matou 78 trabalhadores.
Acidentes em Jundiaí
De acordo com a Secretaria de Saúde, em 2013 aconteceram três acidentes fatais de trajeto de ida e volta ao trabalho (na maioria envolvendo motos) e um chamado de acidente fatal típico, no ramo da indústria química. Foram registrados ainda 229 acidentes graves por ferimentos, cortes, torções e fraturas e alto número de chamados “acidentes biológicos”, além de outros 800 acidentes leves. Neste caso, os ramos mais comuns são construção civil, metalurgia e indústrias em geral.
Ao longo de todo o ano de 2012, os dados apontam nove acidentes fatais de trajeto, nove acidentes fatais típicos e outros 1.219 graves. No ano anterior, em 2011, os números registraram 942 acidentes graves no período e uma média de 900 acidentes leves por mês.
Para Hélio Gabriel Faria Silva, gerente do Visat-Cerest, a trajetória parece apontar para redução de acidentes típicos e um aumento de acidentes de trajeto. “Mas o que ocorre hoje e que anteriormente não ocorria é o aumento de notificação. Isso é também resultado do trabalho de sensibilização junto às unidades notificadoras que hoje registram a maioria dos acidentes de trabalho de trajeto.”
Subnotificação
“Um alerta é que deve haver uma atenção especial para a subnotificação de todos os agravos e acidentes relacionados à saúde dos trabalhadores, que ainda existe”, explica Hélio Gabriel. Entre os casos mais comuns estão os problemas cumulativos como LER/DORT (lesões por esforços repetitivos), cada vez mais comuns no mundo adaptado para a tecnologia digital e também outros, como silicose em quem lida com poeira de cerâmica, problemas auditivos, quadros psicossociais e outros.
Por José Arnaldo de Oliveira
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