Jundiaí estuda política para plantas medicinais
Publicada em 20/05/2013 às 11:16Uma visita marcada para a próxima quarta-feira (22) ao projeto “Farmácia Viva”, em Pindamonhangaba (SP), é mais um passo do grupo de trabalho da Prefeitura de Jundiaí para desenvolver uma nova política municipal na área de plantas medicinais e fitoterápicos.
O grupo conta com participantes das secretarias de Saúde, Agricultura e Serviços Públicos, entre outras, e pode gerar os primeiros resultados no próximo ano. “É um tema que estamos trabalhando com calma no ajuste das possibilidades”, explica Sérgio Mesquita Pompermayer, da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo.
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Na prática, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos envolve o acesso da população pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a comercialização pelo setor privado, o uso sustentável da diversidade biológica e cultural brasileira, o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento tecnológico e industrial da saúde.
“É um assunto em andamento no país e Jundiaí vem organizando diversas ações na área das chamadas práticas integrativas e complementares do SUS. O programa tem o objetivo de garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais e aos fitoterápicos”, explica Amariliz Bassan Bertonha, da coordenação de atenção básica, que, com outras quatro profissionais da pasta, se capacita sobre o tema em São Paulo.
Tratamento alternativo
Atualmente, 12 medicamentos são padronizados pelo SUS e podem ser usados no município. São medicamentos que desempenham um papel importante em cuidados contra dores, inflamações, disfunções e outros incômodos, ampliando as alternativas de tratamento seguras e eficazes pelo SUS.
Indicado para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos de tempo, os fitoterápicos podem ser produzidos a partir de plantas frescas ou secas e de seus derivados, que ganham diferentes formas farmacêuticas, como xaropes, soluções, comprimidos, pomadas, géis e cremes.
“Vamos analisar com todo o cuidado necessário. O setor vem sendo estruturado pelo Ministério da Saúde em parceria com outras pastas há vários anos”, afirma o secretário Cláudio Miranda, que analisa com sua equipe uma revisão dos medicamentos disponibilizados em sua rede para incluir futuramente esses fitoterápicos, produzidos a partir de plantas.
Mas ele lembra que antes de inovações é preciso montar uma estrutura de capacitação de seus médicos e outros profissionais para a prescrição e orientação sobre o uso. Mesmo sendo “naturais”, as plantas medicinais podem causar problemas com dosagens incorretas como acontece com os remédios alopáticos.
Produção
Um ponto positivo para o futuro é a criação de uma alternativa econômica para os agricultores familiares em programas federais e o estímulo para o surgimento de hortas especializadas (as tais “farmácias vivas”) em parceria com a comunidade nas unidades de saúde que tenham áreas disponíveis.
Para Renato Steck, diretor do Jardim Botânico, a experiência do cultivo de ervas aromáticas e plantas medicinais em algumas áreas desse parque municipal pode ajudar. “Temos uma coleção de espécies mantidas em alguns canteiros exatamente para a educação ambiental dos visitantes”, destaca. Também entidades da sociedade civil promovem a valorização das plantas medicinais na saúde preventiva.
Conheça a Legislação da área
Nota do Comitê Federal sobre uso fitoterápico
Por José Arnaldo de Oliveira
Foto: Paulo Grégio
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