Reforma do Centro das Artes vai ter consulta pública
Publicada em 11/07/2013 às 19:17A intervenção arquitetônica no Centro das Artes, espaço que abriga o palco atualmente interditado da Sala Glória Rocha, vai ser apresentada para a classe artística até agosto. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (11), em reunião promovida entre os diretores Décio Pradella, Alexandre Baldussi e Carla Pagani, das pastas de Planejamento e Meio Ambiente, de Obras e de Cultura, respectivamente.
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O Centro das Artes funciona no imóvel que abrigou o antigo mercado municipal, na rua Barão de Jundiaí, e que sediou a primeira Festa da Uva da cidade, em 1934. No final da década de 1970, foi adaptado pelo então prefeito Pedro Fávaro para funcionar como centro cultural. Um incêndio destruiu o prédio em 1982, que depois foi reformado novamente. Mas acumulou problemas nos últimos anos.
Para a diretora de Teatros da Secretaria da Cultura, Carla Pagani, a análise dos técnicos é preocupante. “Entendo a posição dos artistas de cobrarem a reabertura, mas somos impedidos de assumir riscos ao público”, afirmou, depois de ouvir sobre os materiais inflamáveis no isolamento acústico, poltronas e pisos. Uma reforma parcial do telhado, prevista no ano passado, foi descartada pela constatação de problemas na estrutura.
Acessibilidade
Um projeto de acessibilidade, também desenvolvido no passado, está sendo reavaliado pela comissão como ponto de partida. Foi desenvolvido por um escritório paulistano ao custo de R$ 15 mil, mas deve exigir um projeto arquitetônico mais completo.
“Acreditamos que com esse ponto de partida definido, o setor de cultura vai poder ouvir as visões dos artistas e produtores para os projetos complementares de hidráulica, elétrica e de segurança”, comentou o diretor de Planejamento da Prefeitura, Décio Pradella.
O custo total da obra vai ser definido neste processo. De acordo com a comissão, o risco para as pessoas que frequentavam o lugar nos últimos anos era muito elevado.
A proposta principal é mostrar o projeto básico para o Conselho de Cultura (aberto a outros ativistas do setor) e também ao Conselho da Pessoa com Deficiência (pelo aspecto de acessibilidade), com prazo de retorno das contribuições ao projeto.
Por José Arnaldo de Oliveira
Foto: Arquivo
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