Neste domingo (13) tem ‘Trançando Arte Brasil’
Publicada em 09/10/2013 às 16:53Um dos mais tradicionais símbolos da cultura afro, o trançado de cabelo é destaque neste domingo (13) em Jundiaí, que vai sediar, pela primeira vez, o “Trançando Arte Brasil”, evento que é um grande encontro nacional de trançadeiras. A organização é da Prefeitura de Jundiaí, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Promoção de Igualdade Racial (Cepppir) e da Secretaria de Cultura.
Confira a programação completa
O evento será realizado no Complexo Argos durante todo o domingo, a partir das 9h. A expectativa é reunir 200 profissionais de todo o Brasil, especialmente da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e de todo o Estado de São Paulo.Também está programada uma série de shows e atividades culturais na área externa do Complexo Argos, na Vila Arens. A renomada banda Black Rio fará o encerramento.
“Este encontro foi criado com objetivo de reunir os profissionais da trança para trocar experiências e também para dar visibilidade a esta cultura milenar”, destaca o coordenador da Igualdade Racial de Jundiaí, Vanderlei Victorino (B.A.).
Uma das presenças confirmadas é da trançadeira e ativista baiana Negra Jhô, uma das mais conhecidas no ramo, que fará a palestra de abertura com o tema “Um Novo Olhar”, trazendo informações, técnicas e debates pertinentes ao tema.
“A trança é uma forma de resistência e de autoafirmação da cultura negra, da negritude. Ela tem toda uma simbologia para o povo africano. Na época dos grandes impérios, a trança identificava até mesmo o nível hierárquico do reinado. Quando os negros vieram para o Brasil, as tranças passaram a ser uma forma de defesa, para que os negros não fossem capturados, e eram rasteiras e finas”, afirma Victorino.
Também é possível até hoje, em qualquer parte do mundo, identificar a região da pessoa pelo tipo da trança. A forma de fazer o trançado no cabelo também é diferente em cada estado brasileiro porque os povos que vieram de diferentes regiões da África mantiveram sua cultura.
O evento conta com apoio do Círculo Palmarino, Salão Função Black, Feconezu (Festival Comunitário Negro Zumbi), Estúdio João Ballas e Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, entre outros.
O público poderá encontrar tendas com profissionais que irão fazer tranças ao vivo ou mesmo para sugerir efeitos para intervenções futuras.
Niza Souza
Arte: Divulgação
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