Nicolino de Lucca/60 anos: As histórias de Cergoli

Publicada em 09/10/2013 às 19:14

Aos 85 anos, Benedicto Cergoli relembra histórias do Complexo Esportivo Nicolino de Lucca, que completou 60 anos, no dia 4 de outubro. Nascido em Jundiaí, o alfaiate mora até hoje no bairro do Anhangabaú, perto do Bolão, onde foi atleta do tênis, diretor da modalidade de 1960 até 1969, e presidente da Comissão Central do Esporte (o que corresponde hoje à Secretaria de Esportes) por quatro anos a partir de 1969.

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Cergoli foi atleta de tênis e diretor da Comissão Central do Esporte

“A construção do Bolão foi uma ideia heroica do Vasco Antônio Venchiarutti (arquiteto) e do prefeito Luiz Latorre. Lembro do dia da inauguração, foi uma festa muito bonita. Mas o que mais me emocionou foi antes da inauguração, quando tiraram a sustentação do ginásio. Todo mundo pensou que iria cair, mas ele ficou em pé. A repercussão foi grande na época”, disse.

Cergoli relembra de atletas revelados no local. “Sem dúvida, o Nelson Prudêncio (duas vezes medalhista olímpico no salto triplo – prata nos Jogos da Cidade do México/1968 e bronze em Munique/1972) foi a maior figura que surgiu no Complexo. Ele era dedicado aos treinos e uma grande pessoa. O atletismo daqui era muito forte e deve muito ao Leoneto Carletti, técnico da equipe.”

Ligado ao tênis, Cergoli lembra que o vestiário ao lado das quadras foi construído com ajuda da população. “A Prefeitura cedeu a mão de obra e os tenistas deram o material. Era outra época, todo mundo se dedicava por paixão ao esporte. Não se falava em pagar para contratar alguém”, explicou, e continuou. “Eu jogava tênis, mas só campeonatos em Jundiaí.”

Da sua época como presidente da Comissão Central do Esporte, ele relembra de um evento marcante. “Não me recordo a data certa, mas Jundiaí sediou a final do Campeonato Estudantil do Estado de São Paulo. Veio muita gente e usamos o Parque Antonio Carbonari como alojamentos dos atletas, o exército colaborou com o transporte.”

Atualmente, Benedicto Cergoli ainda frequenta o Bolão. “Vou sempre passear, relembrar os bons momentos. Me sinto bem lá.”