Força interior é arma contra traumas de saúde
Publicada em 24/10/2013 às 20:04Mais de 150 pessoas vindas do Núcleo de Apoio da Pessoa com Deficiência (NAPD), do Ambulatório de Moléstias Infecciosas (MI), do Centro Especializado em Álcool e Drogas (CEAD) e do Ambulatório de Saúde da Mulher participaram nesta quinta-feira (24) de uma palestra no evento “Nunca Subestime a Força de Um Abraço” promovido no auditório da Cúria, no Anhangabaú.
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“Estamos sempre apoiando novas formas de buscar o bem-estar. A saúde, vale lembrar, envolve tanto o corpo como a mente”, afirmou o secretário Cláudio Miranda, na abertura do evento.
O convidado especial foi o psicanalista Antonio de Lima (Jean), que tem circulado pelo País com a palestra trazida a Jundiaí com o apoio de uma empresa especializada em materiais de suporte para a colostomia. Traduzindo conceitos do renomado Carl Gustav Jung em termos populares, ele passou por pontos como a ação humana guiada pelo pensamento, pelo sentimento, pela percepção e pela intuição.
“Você estar sentado em uma cadeira, o que é, envolve o pensamento. Se está confortável, o sentimento. Onde estamos é a percepção e o que esperamos fazer depois é a intuição. Um abalo pode perturbar todos esses pontos”, comentou entre exemplos bem-humorados.
Surpresa
A estudante de psicologia Caroline Roberta Bruno era uma das surpresas. Prestes a concluir a graduação, ela perdeu a visão aos 14 anos e retomou atividades como de professora no Senac. “É um evento muito positivo para todos nós”, comentou.
Os cadeirantes Sidnei e Bruna Almeida, pai e filha, estiveram no evento e elogiaram a iniciativa. “A palestra aborda exemplos como os conflitos cotidianos e serve para a vida”, comentou ela.
A enfermeira Helena Pantarolo, do NAPD, comentou que a palestra geralmente é dirigida aos ostomizados (ou “bolsistas”), mas em Jundiaí o número estimado de participantes entre as 200 pessoas desse segmento levou à ampliação para outros grupos que poderiam aproveitar o conteúdo. “Os problemas crônicos exigem uma postura”, explicou.
No palco, Lima seguiu falando sobre a transição com exemplos como dos introvertidos ou extrovertidos que podem trocar de posição quando exercem uma “persona” ou de adolescentes que precisam de orientação enquanto percorrem o trecho entre ser criança e ter responsabilidade adulta. E falou das reações diante de um trauma entre a volta ao passado, o sonho com o futuro e a busca interior que Jung chamava de individuação.
“Foi um trabalho de baixo para cima, com exemplos para estimular essas ideias em 95% de pessoas que nunca ouviram falar nisso mas também sem vulgarizar” , analisou o médico Luiz Philippe Westin de Vasconcelos.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Alessandro Rosman
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