Lutador de jiu-jitsu traz mais uma medalha para Jundiaí
Publicada em 04/02/2014 às 17:23O secretário de Esportes, Cristiano Lopes, recebeu na manhã desta terça-feira (4) a visita do jundiaiense e atleta de jiu-jitsu Filippi Mattos, de 29 anos. Ele mostrou ao secretário a medalha de primeiro lugar conquistada no Campeonato Europeu de Jiu-Jistsu realizado em Lisboa, Portugal, entre os dias 23 e 26 de janeiro.
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O lutador conquistou o primeiro lugar na sua categoria faixa preta, super pesado master e encarou três lutas para se consagrar campeão. Ele enfrentou um alemão na primeira luta, depois um polonês e a final foi disputada com o brasileiro radicano na Noruega Eduardo Rios. “É uma satisfação pessoal, mas é muito importante ver que o esporte ganha espaço e conquista novos adeptos”, afirma o campeão ao contar que o Brasil é o país que tem mais praticantes.
Para Cristiano, ter campeões como Filippi em Jundiaí é uma forma de aproximar o esporte do município. “É importante essa relação que ele começa construir com as federações e que pode resultar em futuros projetos para a cidade”, afirma.
Próximas disputas
Filippi se prepara para encarar o Campeonato Pan-Americano em março, na Califórnia, nos Estados Unidos. Em abril, o atleta viaja para os Emirados Árabes para disputar um dos únicos campeonatos mundiais que as premiações são em dinheiro, o Mundial de Jiu-Jitsu de Abu Dahbi. Ele conquistou a vaga em seletiva disputada no dia 19 de janeiro em Osasco, São Paulo, quando venceu na sua categoria e também na absoluto.
As vitórias garantiram a vaga no mundial, assim como a passagem aérea, com as despesas pagas para Abu Dhabi. O Mundial será disputado nos dias 16, 17, 18 e 19 de abril.
História
Filippi começou a lutar jiu-jitsu aos 12 anos depois de, segundo ele, tentar vários outros esportes e desistir. “Quase parei com o jiu-jitsu também, mas minha mãe me incentivou a continuar”, conta ao dizer que foi ganhar a primeira luta só depois de quatro anos, quando completou 16. Hoje, com 29 anos, ele se sustenta dando aulas da luta em uma academia da cidade. Apesar de ter se formado em letras pela USP (Universidade de São Paulo), sua paixão é a luta.
Os treinos do lutador são montados nos tempos vagos das aulas da academia. Duas vezes por semana ele vai para São Paulo treinar e também faz preparação física em um clube da cidade.
Ele acredita que o maior desafio para o esporte hoje é conquistar seu espaço e reconhecimento. “Muitos atletas precisam trabalhar como eu dando aula para conseguir bancar viagens para os campeonatos, hoje eu conto com três patrocinadores que me apoiam e custeiam boa parte das despesas, mas muitas vezes paguei no meu bolso para poder competir”, conclui.
Por Kadija Rodrigues
Fotos: Cleber de Almeida
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