A força do voluntariado que move o Funss

Publicada em 28/08/2014 às 12:00

O Fundo Social de Solidariedade (Funss), comandado pela primeira-dama Margarete Geraldo Bigardi, vem transformando a vida de muita gente desde 2013. Nas salas da nova sede, a instituição guarda inúmeras histórias, de gente que batalha, persevera e chega lá. Mais de mil pessoas, por exemplo, já conquistaram sua capacitação em algum dos cursos profissionalizantes oferecidos gratuitamente pelo Fundo. A chance costuma apontar novos caminhos de vida, possibilidades pessoais e profissionais, revigoradas de fôlego e autoestima.

A mudança também pode ser mensurada junto às entidades assistenciais conveniadas ao Funss. Ao todo, são quase 90 instituições que formam uma rede proativa de assistência social na cidade. Por meio delas, milhares de famílias são beneficiadas pelas ações de arrecadação capitaneadas pelo Fundo, como a Campanha de Inverno, que este ano ajudou 4 mil famílias. Outros números impressionam: desde 2013, 20 toneladas de alimentos foram distribuídos e quase 70 mil peças de roupas seminovas entregues.

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Nada, entretanto, seria possível sem o trabalho voluntário. São centenas de pessoas que arregaçam as mangas. E cada uma das entidades dispõe de voluntários engajados a compartilhar solidariedade em prol de uma cidade mais humana.

Eva (à esq.): trabalho voluntário desde os 17 anos

É o caso de Eva da Silva Granado. Aos 53 anos, a dona de casa cursou magistério, mas nunca buscou remuneração para ensinar. Encontrou a recompensa na satisfação pessoal.

“Participei do processo de alfabetização de crianças e idosos, sempre por meio de instituições em que atuo como voluntária”, conta, ao lembrar-se da emoção que sentia toda vez que algum aluno aprendia a ler ou escrever o próprio nome.

Nascida na cidade paulista de Queiroz, Eva chegou em Jundiaí em 1974, com 13 anos. Aos 17 despertou para o voluntariado e não parou mais. “Há quatro anos atuo na Missão Belém, um braço do Lar Helena Galimberti. Dedico-me a pessoas que querem sair das drogas, famílias em condição de extrema pobreza e crianças em situação de risco, além de outras atividades, como preparar comida a moradores de rua. Também, sempre faço questão de ajudar na separação e distribuição de mantimentos e roupas que chegam até nós.”

Com uma vida pautada pela solidariedade, Eva leva firme em sua bandeira de fé o lema “amor ao próximo e ajudar sem olhar a quem”.

Mudança de vida
Toda quarta e sexta-feira, religiosamente, o casal Renê e Darci Buscotto cumpre uma missão. Ele, com 75 anos. Ela, com 74. Saem sempre juntos de casa, numa travessa da rua do Retiro, e caminham até o SOS, no Anhangabaú. Na instituição, trabalham na triagem das doações de roupas que chegam “felizmente” com certa regularidade.

O casal Renê e Darci (no centro): há 5 anos doando seu tempo ao SOS

Aposentado, Renê lembra que a decisão partiu de ambos há aproximadamente 5 anos, quando “começamos a viver exclusivamente as nossas vidas”.

“Já não tínhamos mais pai, mãe ou sogros para cuidar”, recorda. Colocaram-se, então, à disposição para aguçar ainda mais o senso solidário.

“Nossa vida mudou depois disso. Isso aqui é uma terapia e uma escola da vida. A gente vê de tudo, tem contato com muita gente que passa pela entidade. O que posso dizer é que todos são muito bem tratados, o que me alegra bastante.”

Enquanto Darci trabalhava numa sala ao lado, Renê garantia que “até quando as pernas ajudarem, o trabalho voluntário continua”. Para se ter uma ideia da ligação do casal com a instituição, recentemente, os 50 anos de matrimônio foram celebrados com uma missa ocorrida dentro do SOS. A ocasião atendeu a um pedido de Renê e Darci.

O Lar Helena Galimberti, junto da Missão Belém, e o SOS fazem parte das instituições beneficiadas pelo trabalho do Fundo Social de Solidariedade.

Dia Nacional do Voluntariado
No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985 para reconhecer e destacar as pessoas que dedicam seu tempo, talento e trabalho com causas de interesse social para o bem da comunidade. Você também pode ajudar. Procure o Fundo Social pelo telefone (11) 4522 7860.

Thiago Secco
Foto: Divulgação


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2014/08/28/a-forca-do-voluntariado-que-move-o-fundo-social/