Emoção e recordações marcam homenagens no Solar do Barão
Publicada em 24/09/2014 às 16:00A emoção marcou a homenagem prestada pela Prefeitura de Jundiaí aos familiares dos jornalistas Ademir Fernandes, Sidney Mazzoni, Elio Cocheo, Hélio Luiz Lorencini e Erazê Martinho, realizada durante o debate sobre “Comunicação na sociedade contemporânea, suas mudanças e potencialidades”, na noite dessa terça-feira (21), no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí “Solar do Barão.”
A valorização da cultura e das pessoas que ajudaram no desenvolvimento de Jundiaí é uma determinação do prefeito Pedro Bigardi e faz parte do Programa de Metas da atual administração municipal.
CONFIRA AS FOTOS DO DEBATE “COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA”
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O evento, que integra a programação da 8ª Primavera dos Museus, faz parte da exposição “Da carta ao e-mail: por onde anda a comunicação?”. A entrada é gratuita e a exposição vai até dia 15 de novembro.
O secretário de Cultura, Tércio Marinho, abriu o evento destacando a importância de promover o debate sobre o tema e as homenagens. “A comunicação tem um papel importante no exercício da democracia e quando traz o debate para dentro do museu, a cultura só tem a ganhar”, ressaltou. Sobre as homenagens, destacou que “é uma forma de reconhecimento de profissionais que colaboraram para o avanço do processo de comunicação na cidade.”
Em uma iniciativa das secretarias de Cultura e Comunicação Social, o debate contou com a participação do secretário de Comunicação Social, André Barros, do jornalista Fábio Pescarini e da fotógrafa Adriana Zutini. Em um bate-papo descontraído, os comunicadores fizeram uma avaliação das principais mudanças ocorridas na área, contaram curiosidades sobre a profissão e responderam perguntas do público.
André Barros lembrou que a comunicação foi uma das áreas em que a tecnologia mais produziu impactos. “Confesso que fiquei um pouco assustado de ter tido contato com as peças expostas no museu”, brincou. “A revolução, que chegou às redações com os computadores e segue em ritmo alucinante, sabemos como começou mas não sabemos como vai terminar.”
Para o jornalista Fábio Pescarini, a comunicação passa por uma fase de transformação. “O jornalismo impresso vai deixar de existir, porém o jornalismo não vai acabar, vai crescer”, acredita. Ele relembrou histórias e contou que se emocionou ao ver a lauda do Jornal da Cidade exposta no museu. “Tenho saudades do passado, mas o trabalho eletrônico de hoje também é bacana.”
A fotógrafa Adriana Zutini também acompanhou as mudanças na área. “Sou da época da máquina de escrever, das laudas, das câmeras com filme. A modernidade ajuda, mas tenho saudade daquela época.”
Homenagens
Após o debate, os familiares dos jornalistas Ademir Fernandes, Sidney Mazzoni, Elio Cocheo, Hélio Luiz Lorencini e Erazê Martinho receberam uma homenagem da Prefeitura de Jundiaí pelos trabalhos prestados à cidade pelos comunicadores já falecidos.
A filha do jornalista Ademir Fernandes, Ellen Fernandes, que seguiu a carreira do pai, não escondeu a emoção. “Foi muito emocionante e motivo de orgulho para toda a família este reconhecimento. Meu pai foi um entusiasta do jornalismo, participou da fundação de vários jornais na cidade e mesmo trabalhando em São Paulo, sempre se dedicou a Jundiaí.
Para Cidinha Mazzoni, viúva do jornalista Sidney Mazzoni, foi uma justa homenagem. “Nada mais justo para quem lutou por Jundiaí, começou a carreira em 1972 no Jornal da Cidade, passou pelos jornais O Estado de S.Paulo e Folha da Tarde, cobriu quatro Copas do Mundo e foi editor-chefe do Jornal de Jundiaí”, salientou.
Para Alexandre Lorencini, filho do radialista Hélio Luiz Lorencini, a homenagem é uma forma de relembrar o pai. “Após um certo tempo as pessoas são esquecidas e voltam a ser lembradas através das homenagens.”
Bernardina Baron Cocheo, viúva de Elio Cocheo, compareceu à homenagem acompanhada da família. “Ele foi bem lembrado nesta merecida homenagem. Ele foi um bom pai, um bom esposo e um grande profissional.”
Programação
A programação continua nesta quarta-feira (24), às 19h, com a exibição do documentário “Imigrantes”, que conta a história da região de Jundiaí após a abolição da escravidão e a vinda dos imigrantes. O espetáculo teatral “Amor sem limites”, encenado pelo grupo teatral Performático Éos, é atração da quinta-feira (25), às 19h. Inspirada na era de ouro do rádio, a comédia musical conta as desventuras de Roberta Cartas e Erasmo Augusto.
Na sexta-feira (26), às 19h, acontece uma ação educativa com estudantes universitários dos cursos das áreas de Comunicação Social, Propaganda e Jornalismo na exposição “Da carta ao e-mail: Por onde anda a comunicação?”. E no sábado (27), às 9h30, a mesma ação educativa reúne grupos especiais.
A exposição “Da carta ao e-mail: por onde anda a comunicação” segue até o dia 15 de novembro, no Museu Solar do Barão, com entrada gratuita. Organizada em sete módulos – manuscrito, impresso e digital; fotografia; telecomunicação; Produtora Jundiá; lixo eletrônico; cinemas de rua e TV Educativa de Jundiaí (TVE) – a exposição reúne atas, laudas, câmeras fotográficas de várias épocas, equipamentos de captação e imagem, máquina de escrever, fotografias, entre outras raridades que retratam a história da comunicação na cidade.
Viviane Rodrigues
Fotos: Paulo Grégio
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