Jundiaí combate ‘tempestade de fogo’ na Serra
Publicada em 15/10/2014 às 18:40A mobilização intensa da Prefeitura de Jundiaí garantiu, entre os dias 9 e 15 de outubro, alguns bons resultados no combate à onda de incêndios que assolou a cidade por conta da maior crise hídrica da história no Estado de São Paulo. Uma das constatações mais tristes desse episódio que prejudica todos é a causa de origem humana na maioria absoluta dos focos. Mérito maior no combate às chamas aos integrantes da Guarda Municipal de Jundiaí, Defesa Civil e Secretaria de Serviços Públicos, juntamente com os soldados do 19º Grupamento de Bombeiros.
“O incêndio florestal é um trabalho de altíssimo risco, com condições bastante complicadas e geralmente com pouco apoio de bombas de água. Em Jundiaí existe o diferencial de termos uma Divisão Florestal na Guarda Municipal, com 37 integrantes que se revezam na atuação e que podem estar todos juntos numa convocação geral, como agora”, explica o subcomandante da GM, Paulo Vicente Soares.
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Ele destaca a longa estiagem deste ano como o “combustível” para os incêndios, mas com vários indícios de atitudes humanas, como o fogo para “limpeza” de terrenos ou folhas, para destruição de áreas, por ignorância de riscos ou apenas pelo que chama de “fetiche” de algumas pessoas. Mas a impunidade ainda é alta, embora casos de flagrantes tenham ocorrido com moradores e até empresários nos últimos anos.
Áreas
Os principais incêndios combatidos com apoio da Guarda Municipal ocorreram quinta-feira (9), na Fazenda Santa Marta, em área de 10 hectares; na sexta-feira (10), na região do Colégio Agrícola, num espaço de 29 hectares; no sábado (11), na região do Morro da Baleia, em área ainda em medição; e no domingo (12), na região de pastagem da Fazenda Japi e parte da região do Colégio Agrícola, em áreas de 19,8 mil hectares e 31,78 mil hectares, respectivamente. Um total de mais de 1 milhão de metros quadrados.
As condições destacadas por Soares impedem o uso efetivo de voluntários, especialmente nas situações de topografia mais acidentada ou que possam oferecer o risco do “cerco de fogo” que já foi vivenciado por muitos guardas, bombeiros e outros profissionais. A maior cooperação da comunidade continua sendo o aviso rápido ao telefone 153 da Guarda Municipal, diante do avistamento de qualquer foco de incêndio florestal.
O crime de incêndio, segundo a legislação brasileira, consiste em causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. A pena é de 3 anos a 6 anos de reclusão, acrescida de multa.
Ela pode ser aumentada em um terço se o crime é cometido para obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio (Art. 250, § 1º). Se o incêndio for culposo, a pena prevista é de detenção de seis meses a dois anos.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Paulo Grégio
Assista à reportagem da TVE Jundiaí
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