Prefeitura de Jundiaí

Jundiaí atrai estudiosos de planejamento urbano

O equilíbrio entre as preocupações urbanas, ambientais e sociais no trabalho de planejamento adotado pela Prefeitura de Jundiaí reuniu nesta semana diversos representantes da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e da Fundação Municipal de Ação Social (Fumas) para uma apresentação a estudiosos do tema da Universidade Federal do ABC.

“Trabalhamos hoje com o foco em projetos urbanos de requalificação, em avanços na legislação urbanística e também intervenções na escala da dimensão humana”, afirmou o diretor de planejamento Décio Luiz Pinheiro Pradella Filho, representando a secretária Daniela da Camara Sutti no evento.

Décio, Bedin, Tatiana e Flávio: visão da cidade deve considerar urbano, ambiental e social

A exposição contou ainda com outros arquitetos como Marco Antonio Bedin, da Divisão de Planejamento Viário (que realiza trabalho interssetorial com a Secretaria de Transportes e a Secretaria de Obras) e Tatiana Pimenta Reis, assessora técnica da Fumas, além do engenheiro químico Flávio Gramolelli Júnior, diretor de meio ambiente da SMPMA. O evento ocorreu na terça-feira (4) no auditório do Paço.

Eles mostraram ao grupo, que recebeu a indicação de Jundiaí como foco de estudos de especialistas como Rosana Denaldi, as preocupações entre as três grandes áreas com os planos de mobilidade, de controle de impacto de vizinhança, de habitação social e de conservação ambiental que estão sendo aplicados pela Prefeitura.

A Prefeitura de Jundiaí tem uma tradição de pioneirismo em planejamento urbano desde os mandatos do prefeito Vasco Venchiarutti, arquiteto e urbanista, na década de 1940, e depois por sua primeira versão do Plano Diretor em 1969, além das ações em habitação popular a partir da década de 70. Mas as novas pressões surgidas nos últimos dez anos, como a ocupação parcialmente desordenada do território e até mesmo os limites naturais como da água, tornaram necessária a busca de novas abordagens que estão em andamento.

Os estudantes de Planejamento Territorial usaram a cidade como referência

Entre as questões levantadas pelos visitantes estavam curiosidades como o risco da “gentrificação”, termo que representa a especulação imobiliária que ocorre em áreas pobres beneficiadas por projetos urbanos públicos e depois alvos de mudança do perfil social.

Também foi comentada pela Prefeitura a tendência de um futuro planejamento conjunto regional da Aglomeração Urbana de Jundiaí.

José Arnaldo de Oliveira
Foto: Fotógrafos PJ