Grupo de discussão cria documento contra violência ao idoso
Publicada em 09/12/2014 às 18:44O grupo de discussão de casos de violência e maus-tratos contra idosos, criado pela Coordenadoria Municipal do Idoso, concluiu o protocolo de rede de atenção à pessoa idosa em situação de violência. Com isso, Jundiaí passa a contar com um documento e diretrizes para notificações e encaminhamentos de casos ou suspeitas de violência contra a terceira idade.
O documento foi apresentado nesta terça-feira (9), durante a última reunião do ano do grupo – formado pela coordenadora do Idoso, Cláudia Satori; pelo promotor de Justiça do Idoso, Flamínio Silveira Amaral Júnior; por representantes da Delegacia da Mulher (DDM) e por assistentes sociais das secretarias de Saúde e de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads). O protocolo define os encaminhamentos em casos de violência contra o idoso, melhorando a resolutividade.
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Segundo Cláudia Sartori, paralelamente ao protocolo, o grupo também elaborou o projeto de lei de Pacto Municipal de Notificação, que foi enviado esta semana para a Câmara Municipal.
“Antes, apenas os serviços de saúde e de educação podiam notificar os casos de violência contra idosos. Agora temos uma portaria do Ministério da Saúde que amplia os serviços notificadores. O projeto de lei municipal vai reforçar essa portaria e qualquer serviço vinculado ao idoso poderá notificar”, explicou a coordenadora.
Durante as reuniões, realizadas a cada dois meses, o grupo também discute alguns casos graves. “Trazemos esses casos, discutimos e fazemos os encaminhamentos. Isso tem dado resultado e, principalmente, celeridade na resolução”, disse o promotor do Idoso. “Esse trabalho em rede é essencial. Sem isso não vamos conseguir resolver os problemas de violência contra os idosos.”
O grupo
O grupo de discussão foi criado em junho do ano passado, durante o Dia de Combate à Violência e Maus-tratos à Pessoa Idosa. “Nosso foco inicial era entender porque não havia notificação de violência contra idosos em Jundiaí. Concluímos que faltava um protocolo de encaminhamento e foi isso que fizemos”, contou Cláudia.
O próximo passo do grupo é criar uma agenda de seminários e treinamentos para instituições ligadas a idosos, tanto da rede pública quanto da privada. “Queremos sensibilizar as pessoas para notificar os casos, mesmo que seja apenas suspeita. Os números são importantes para conseguirmos indicadores e criarmos políticas públicas de prevenção e melhorar o serviço para o idoso”, destacou a assistente social Roberta Ribeiro, da Vigilância Epidemiológica.
É importante ressaltar que a notificação é sigilosa e a investigação dos casos suspeitos será feita de acordo com os fluxos estabelecidos no protocolo.
Niza Souza
Foto: Alessandro Rosman
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