Jundiaí lidera estudos de recuperação de aterro regional
Publicada em 10/12/2014 às 18:39Com 2,6 milhões de toneladas de resíduos acumulados entre 1987 e 2006, o Aterro Sanitário Regional, em Várzea Paulista, foi tema de reunião promovida nesta quarta-feira (10) com estudos sobre novas perspectivas de cooperação dentro do Consórcio Intermunicipal do Aterro Sanitário (CIAS) sobre os impactos que ainda restam em áreas como a geração de gás metano.
“Vamos buscar melhorar as ações conjuntas, aproveitando nosso atual estágio de parceria com a Alemanha. Tivemos no passado um aterro municipal transformado em parque no Corrupira, durante o governo Fávaro, mas o volume era muito menor na década de 70 e os problemas também”, afirmou o prefeito Pedro Bigardi.
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O volume levado ao aterro pelos municípios de Jundiaí, Louveira, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Vinhedo e a própria cidade-sede corresponde a 2,6 bilhões de quilogramas. Mesmo há quase dez anos desativado, os problemas técnicos ainda existem.
O prefeito de Várzea Paulista, Juvenal Rossi, afirma que mesmo com o surgimento de áreas de lazer em parte da área, ainda restam questões como pontos de bombas de sucção de gás que por pouco não inviabilizaram um novo projeto habitacional de interesse social.
De Jundiaí, o secretário Aguinaldo Leite, de Serviços Públicos, afirma que pode-se ampliar sua cooperação com essa questão. “Um dos estudos de nossos parceiros da Universidade de Braunschweing é chamado de desaterramento, com medidas que tornam inertes os resíduos”, comentou.
A reunião contou ainda com a equipe técnica do CIAS, formada por Hélio Frigeri, Lucialdo Chaves, Erik Chinelato e Michele Chinelato e ainda com o secretário de Meio Ambiente de Louveira, Doraci Chicalhoni.
Também foram abordados outros temas, como planos paralelos existentes na entidade intermunicipal e a articulação com os projetos de infraestrutura previstos para a região vizinha por Jundiaí para 2015. O aterro regional funcionou no bairro varzino do Jardim Boa Vista, ao lado do Jardim América 4, praticamente vizinho da divisa entre os municípios.
A saturação do aterro levou a debates sobre novos locais, que em Jundiaí foram descartados da região do Tijuco Preto depois de manifestações pela defesa das regras da Área de Proteção Ambiental. Atualmente, a maioria das cidades destina seus resíduos para aterros privados em outras regiões, uma solução de alto custo e com horizonte limitado. Essa situação motiva os trabalhos conjuntos da Prefeitura de Jundiaí com parceiros acadêmicos do Brasil e da Alemanha.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Alessandro Roman
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