Rio Jundiaí-Mirim vai ganhar reflorestamento
Publicada em 16/12/2014 às 18:33Em reunião histórica nesta terça-feira (16), a Prefeitura de Jundiaí e diversos parceiros públicos e privados lançaram as bases de um novo projeto de reflorestamento de mananciais voltado inicialmente para a bacia do rio Jundiaí-Mirim, que vai implantar em 2015 o primeiro teste-piloto, em que construtores vão direcionar seus passivos ambientais para remunerar proprietários rurais pelo plantio de árvores exigidas em áreas de proteção ambiental (APP) ou reservas legais de suas áreas.
“O tema de recuperação de nascentes e riachos era discutido desde a década de 1980, mas somente pôde ser viabilizado por um trabalho integrado. Estávamos trabalhando nesse sentido antes mesmo do susto com a crise hídrica deste ano. Tem ainda o subsídio agrícola, o fundo de turismo e outras iniciativas. Valorizar a área rural também é cuidar do ambiente”, afirma o prefeito Pedro Bigardi.
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Participaram do encontro a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo e a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, além da DAE S/A, pela Prefeitura, e também a Companhia Ambiental (Cetesb) e a Polícia Ambiental, pelo Estado. A sociedade civil participou com a Associação das Empresas do Setor Imobiliário (Proempi), o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB Jundiaí) e a Associação dos Engenheiros de Jundiaí.
O investimento inicial é estimado em até R$ 4 milhões, destinados a custear esse plantio e também para sua manutenção ao longo de dois anos.
“Desde o ano passado foram desenvolvidos pela DAE e também pela Agricultura os estudos detalhados para a recomposição da mata ciliar e das áreas de preservação das propriedades rurais nessa bacia, que abastece a cidade. Mas seria injusto cobrar essa tarefa apenas dos agricultores”, explicou o secretário Marcos Brunholi.
A solução surgiu do passivo ambiental de projetos do setor imobiliário, que dessa forma passa a ter um foco orientado em vez de iniciativas dispersas.
O diretor da DAE, Aray Martinho, concorda. “A urbanização da cidade cresceu muito no lado sul dessa bacia e ainda temos grandes áreas verdes no lado norte. Temos de recuperar a visão pioneira que orientou na década de 1950 a preservação desses mananciais com a construção dos primeiros interceptores de esgotos”, afirma.
O teste-piloto vai ocorrer em um número ainda limitado de propriedades rurais, mas a tendência é que o arranjo institucional possa ser ampliado para outros setores rurais do município.
De acordo com a secretária Daniela da Camara Sutti, do Planejamento e Meio Ambiente, o avanço dos cuidados com a área ambiental e agrícola da cidade deverá ser potencializado na revisão do Plano Diretor, no próximo ano.
O encontro contou, além de Brunholi e Martinho, com o diretor de meio ambiente Flávio Gramolelli Júnior, com o gerente regional da Cetesb, Domenico Tremarolli, com o representante da Polícia Ambiental, Capitão PM Alessander, e com os presidentes da Proempi, Ricardo Benassi, do IAB Jundiaí, Mariangela Mazzola Mendes, e da Associação dos Engenheiros, Alessandro Aparecido Mazzola. Estiveram ainda o agrônomo Sérgio Mesquita Pompermayer e a diretora de agronegócio Mariana Heloísa Andretta.
O projeto vai ter uma nova reunião técnica interna prevista para 8 de janeiro e um encontro mais abrangente com entidades do setor agrícola prevista para 20 de janeiro.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Divulgação
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