Oficina lúdica aproxima Jardim Novo Horizonte e Ponte Torta
Publicada em 26/01/2015 às 13:58Um método de ensino e diversão que manteve a atenção de 30 crianças durante quase duas horas mostrou mais do que uma janela para o reforço da educação patrimonial em Jundiaí. Realizada durante a oficina lúdica do projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta, sábado (24), a ação da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente reuniu participantes com idades entre 7 e 12 anos, no Jardim Novo Horizonte.
CONFIRA AS AÇÕES DO PROJETO PONTE TORTA
Se o antigo monumento de 1888 parecia distante do vetor Oeste, bastaram alguns depoimentos para mostrar que o bairro – surgido sobre o antigo leito do ramal da estrada de ferro Sorocabana, na década de 1970 – também tinha relação com essa história. “É surpreendente que possamos vislumbrar essa redescoberta de nossa história urbana e nosso presente dessa maneira”, afirmou a secretária Daniela da Camara Sutti, do Planejamento e Meio Ambiente.
LEIA TAMBÉM
Para arqueóloga, Jundiaí pode ocultar milhares de anos
Ponte Torta: patrimônio é assunto social, diz especialista
A ligação entre o bairro surgido a partir de uma ocupação e o monumento foi feita pelo líder comunitário José Bessa, que reforçou a questão de que o patrimônio é uma causa de toda a sociedade. “A história da ferrovia tem tudo a ver com o bairro, que era uma área agrícola ocupada por japoneses e teve nos arrendatários os primeiros ocupantes do leito desativado. Hoje está sendo urbanizado, mas a comunidade precisa ter consciência da origem”.
Com o apoio de integrantes de coletivo Vetor Oeste, a atividade lúdica envolveu tijolos cenográficos. Convidados para montar uma parede, as crianças e adolescentes iniciaram como uma espécie de Lego geométrico antes de serem apresentados ao conceito de “amarração” de tijolos (alternando as fissuras a cada fieira). Desafiados a criar um vão no meio, o esforço foi derrubado.
Entrou em cena, então, uma espécie de andaime cenográfico onde blocos maiores foram encaixados em curva e depois reforçados por tijolos até um terço da estrutura. O resultado foi permitir a retirada do andaime com a estrutura mantida criando um vão – para o rio, uma passagem ou para uma construção mais alta.
“É uma técnica muito antiga. Se vocês olharem em volta, devem perceber vestígios de antigas olarias e cerâmicas. Nossa intenção é espalhar uma certa inquietação com a questão do patrimônio e não apenas desse monumento”, comentou Toninho Sarasá, coordenador do projeto. Os participantes foram convidados também a fazer desenhos da Ponte Torta, que muitos não conheciam.
O trabalho é estudado para resultar em um produto educativo oferecido para uso em escolas públicas e privadas. Nos aspectos como o meio tijolo (atravessado), tijolo inteiro (de lado) ou tijolo e meio (ambos), a técnica permite um aumento de diálogo entre pais ou avôs trabalhadores e seus filhos. “Gostei muito de ver isso”, afirmou o pai Claudemir da Silva.
Uva
A oficina, elaborada pela equipe do Estúdio Sarasá para o projeto, também estará na 32ª Festa da Uva E 3ª Expo Vinhos de Jundiaí no sábado (31 de janeiro) e domingo (1º de fevereiro). Antes, uma nova palestra técnica na tarde de sexta-feira (30) será feita no auditório da Biblioteca Municipal.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PJ
-
22/12/2024
Serra do Japi contará com Inteligência Artificial para prevenção a incêndios
-
12/12/2024
Prefeito recebe visita da Corte da Uva e Miss Pérola Negra
-
27/11/2024
Credenciamento para expositores da Festa da Uva 2025 vai até sexta (29)
-
24/11/2024
Festa da Uva 2025: Rainha e Princesas serão escolhidas na terça-feira (26)
Baixe as fotos desta notícia na resolução original