Jundiaí testa tecnologias para tratamento de resíduos sólidos
Publicada em 27/02/2015 às 18:44A rota tecnológica de tratamento de resíduos sólidos de Jundiaí será o mecânico-biológico, segundo apontou o projeto de pesquisa implementado na cidade e apresentado no workshop realizado pela Secretaria de Serviços Públicos em parceria com a Technische Universität Braunschweig, PUC-Rio, CREED e DBFZ, no Hotel Serra Jundiaí, nesta sexta-feira (27).
“A próxima etapa é realizar testes com duas tecnologias que vamos receber e, até o início do segundo semestre, pretendemos definir quais os tipos de tratamentos que vamos implantar para os resíduos sólidos de Jundiaí”, explicou o secretário de Serviços Públicos, Aguinaldo Leite.
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Ao longo do dia, os participantes do workshop puderam conhecer os resultados alcançados com o projeto, identificar possíveis aplicações e, por fim, vislumbrar as oportunidades de continuidade da iniciativa.
O projeto
A pesquisa teve início em 2014 e, apesar de ser um desejo da atual administração, um dos motivos que levou a colocá-la em prática foi a Política Nacional dos Resíduos Sólidos que prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos, ou seja, aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado.
A lei exige ainda que a destinação dos rejeitos, aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado, seja feita de forma adequada.
No início dos estudos foi identificado o desconhecimento das prerrogativas legais no município, falta de sensibilização da comunidade e do setor privado, inexistência de bancos de dados, entre outros desafios. Em paralelo à pesquisa, as pessoas envolvidas e aquelas interessadas com o projeto contaram com mais de dez capacitações entre congressos, seminários e cursos para a formação da massa crítica.
Uma das ações foi caracterizar os grandes geradores de resíduos em Jundiaí. Mais de 200 empresas, entre indústrias, comércios, prestadores de serviços entre outros responderam um extenso questionário sobre resíduos sólidos para se fazer um levantamento do cenário que vai desde a geração dos resíduos até a sua destinação, passando pela compreensão por parte dos geradores sobre o desenvolvimento de sistemas e as dificuldades de gestão. “O importante é que esses questionários nos mostraram que há interesse em buscar informação e trabalhar em parceria com a Prefeitura”, disse.
Os resíduos gerados em Jundiaí também passaram pela técnica de gravimetria, que consiste na segregação e pesagem dos diferentes componentes de resíduos como o papel, papelão, plástico, metal, a matéria orgânica, entre outras. Através dessa análise da composição desse resíduo pode-se estimar o potencial de recuperação. No município, foram 40 dias de trabalho com a participação de mais de 30 pessoas que recolheram o resíduo de 25 rotas. Foi feita a abertura dos sacos de lixo e o sistema manual para a separação dos resíduos.
A análise desse material já começou a ser feita na Technische Universität Braunschweig e ainda não foi totalmente concluída.
O projeto também prevê a construção de um laboratório que, em até 30 dias, deve começar a operar no Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Geresol).
Kadija Rodrigues
Foto: Cleber de Almeida
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