Saúde lança Projeto Rede de Cidadania e Saúde
Publicada em 27/02/2015 às 12:39Com uma aula magna do sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos, professor doutor da Universidade de Campinas (Unicamp), foi lançado o Projeto Rede de Cidadania e Saúde em Jundiaí, nesta quinta-feira (26), no auditório da Escola de Governo e Gestão do Município. A proposta é mobilizar profissionais, conselheiros e população para ampliar e qualificar o debate sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário de Saúde, Luís Carlos Casarin, enfatizou que o SUS é uma política pública de Estado e não de governo. “Sou um grande defensor do SUS e acredito no sistema”, disse para uma plateia lotada de profissionais da saúde e conselheiros. O secretário também destacou a importância da participação da população na discussão sobre o SUS em Jundiaí.
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Segundo Casarin, a proposta da atual gestão é construir o projeto de uma rede de saúde com gestão participativa. “Estamos construindo um planejamento com foco na valorização e participação da comunidade. Isso não acontece sem os valores da cidadania”, ressaltou.
Alinhado à proposta, explicou o secretário, o curso da Rede de Cidadania e Saúde é uma das estratégias para aproximar o poder público da população e dos trabalhadores. “Sem os conselheiros e sem a população, não vamos conseguir construir essa política.”
Participaram ainda da aula magna o assessor da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Fernando Luiz Eliotério, o vereador Leandro Palmarini, representando a Câmara Municipal, Francisco Menezes, representando o Conselho Municipal de Saúde (Comus), e o diretor-presidente da Escola de Governo e Gestão, Marcelo Lo Mônaco.
SUS
O professor Nelson Rodrigues trouxe para a discussão algumas informações e análises sobre o SUS e falou sobre os novos rumos do sistema, que completa 25 anos. Na avaliação, Rodrigues disse que os acertos do SUS estão onde a Constituição está sendo cumprida, os direitos da população em relação à sua saúde.
Um dos exemplos foi a divulgação ou a desprivatização da transfusão e doações de sangue. “Uma lei tornou o Estado como responsável pelos hemocentros”, lembrou. Além disso, ele citou a lei antimanicomial, que acabou com os manicômios. “Por lei, os atendimentos ambulatorial e domiciliar substituem quase que totalmente as internações na saúde mental.”
O curso do Projeto de Cidadania e Saúde é de 16 horas e é aberto para todas as pessoas interessadas em participar da discussão sobre o Sistema Único de Saúde, funcionários da saúde, conselheiros e população. Serão abordados os temas: SUS, Saúde e Sociedade, Gestão e Financiamento. Mais informações pelo telefone (11) 4583-1177.
Niza Souza
Fotos: Alessandro Rosman
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