Avançam preparativos de reflorestamento no rio Jundiaí-Mirim
Publicada em 20/03/2015 às 18:38O projeto-piloto de reflorestamento de mananciais na bacia do rio Jundiaí-Mirim avança nos preparativos técnicos sobre a localização e a intensidade da recomposição de matas ciliares no Município. A ação garante a manutenção ou mesmo o crescimento da “produção de água” na principal região de abastecimento de Jundiaí. O projeto foi anunciado em dezembro pela Prefeitura de Jundiaí, ao lado de parceiros públicos e privados.
A iniciativa histórica é uma experiência inovadora em que construtores vão direcionar os passivos ambientais para remunerar proprietários rurais pelo plantio de árvores exigidas em Áreas de Proteção Ambiental (APP) ou reservas legais de áreas.
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O lançamento da iniciativa, que agora está em andamento técnico, foi anunciado ano passado por órgãos municipais como a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo, a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a DAE S/A, além de órgãos estaduais como a Companhia Ambiental (Cetesb) e a Polícia Ambiental. Pela sociedade civil, participaram a Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário (Proempi).
O teste-piloto vai ocorrer em um número ainda limitado de propriedades rurais, mas a tendência é que o arranjo institucional possa ser ampliado para outros setores rurais do município.
De acordo com o secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi, os estudos detalhados para a recomposição da mata ciliar e das áreas de preservação permanente de propriedades rurais estão sendo desenvolvidos desde 2013 pela DAE e pela própria Secretaria.
“Mas seria injusto cobrar essa tarefa apenas dos agricultores”, afirma. A solução surgiu com o passivo ambiental comum em projetos do setor imobiliário, que dessa forma passam a ter um foco orientado em vez de iniciativas dispersas.
O diretor da DAE, Aray Martinho, concorda e lembra que a urbanização da cidade cresceu muito pelo lado sul dessa bacia, que conserva grandes áreas verdes no lado norte. “Temos de recuperar a visão pioneira que orientou na década de 1950 a preservação desses mananciais com a construção dos primeiros interceptores de esgotos”, diz.
Para a secretária Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti, o avanço dos cuidados com a área ambiental e agrícola da cidade estão recebendo cuidados do setor público e da comunidade e pode ser potencializado na revisão do Plano Diretor.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Arquivo PMJ
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