Saúde Bucal: informações vão ajudar no planejamento e estratégias
Publicada em 06/05/2015 às 17:18Intitulado “Levantamento das Condições de Saúde Bucal e Psicossociais em Jundiaí”, o trabalho teve início há um ano. A coleta dos dados foi realizada entre 22 de abril e 28 de novembro de 2014. Os dados e o relatório final foram compilados pelas professoras Marília Jesus Batista, Maria Paula Rando Meirelles, Débora Dias da Silva Harmitt, Maria da Luz Rosário de Sousa e Silvia Cypriano, da Unicamp.
A metodologia do levantamento seguiu as recomendações preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As amostras das crianças e adolescentes foram realizadas em 30 escolas (Emebs, ensino médio e técnicas). Já dos adultos e idosos, foram coletadas em setores censitários e domicílios. Ao todo, foram coletadas 1.253 amostras, em seis faixas etárias: 5 anos (290), 12 anos (294), de 15 a 19 anos (298), de 35 a 44 anos (300) e de 65 a 74 anos (71).
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Os principais objetivos do levantamento são conhecer a prevalência das doenças bucais nas idades de 5, 12, 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos; estimar a necessidade de tratamento em saúde bucal da população, possibilitando um adequado planejamento do serviço; fornecer dados e subsídios para o planejamento de ações e estratégicas eficientes para melhorar a condição de saúde bucal da população.
Foram pesquisadas diversas condições, como cárie dentária, trauma, condição periodontal, alterações no esmalte, oclusão, alterações no tecido mole e edentulismo (perda de dentes).
A média CPOD (cárie, perda e obturação por dente) foi de 1,34 na faixa etária de 5 anos; 0,94 em 12 anos; 1,94 de 15 a 19 anos; 14,7 nos adultos (35 a 44 anos) e 24,85 nos idosos (65 a 74 anos).
“Para as crianças de 5 anos ainda são necessárias medidas de prevenção e intervenção sobre a cárie. Mesmo baixo, o índice de 1,34 requer uma abordagem mais direcionada aos pais e cuidados”, avalia Evely.
Outro ponto importante analisado foi o chamado “livre de cárie”. Na faixa de 5 anos, o índice é de 64,7%; de 12 anos, 58%; e de 15 a 19 anos, 45,1%. Os índices também são superiores à média da Região Sudeste e do Brasil.
O levantamento também avaliou a frequência da visita ao dentista. Na faixa de 5 anos, 71% das crianças não foram ao dentista nenhuma vez. E a maioria dos que já foram ao menos uma vez, usaram o serviço público (47,4%). Na faixa de 12 anos, 94,3% já foram ao dentista ao menos uma vez e a maioria (44,3%) também passou em atendimento no serviço público. O índice é semelhante na faixa etária de 15 a 19 anos: 95,1% já foram ao dentista, mas a maioria (51,5%) tratou no serviço privado.
Entre os adultos, 99,6% já foram ao dentista, e 45% vão ao menos uma vez por ano, a maioria (73,3%) no serviço particular. Já entre os idosos, 71% foram ao dentista e 57% pelo menos uma vez por ano, a maioria (34,5%) no serviço público.
A pesquisa mostrou ainda, entre os adultos, que 74,8% dos dentes que tiveram cáries já foram tratados ao longo da vida. “Hoje, o maior desafio nessa faixa etária é o tratamento de outras doenças, como a periodontal, e a substituição dos dentes perdidos, assim como para os idosos”, analisa Evely.
Niza Souza
Fotos: Arquivo PMJ
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