Marcenaria Urbana tem oficina neste sábado (13) no Centro

Publicada em 11/06/2015 às 14:21

A produção espontânea de bancos, mesas coletivas e mobiliário urbano em geral é menos complicada do que parece ao ser feita de forma colaborativa, inclusive reutilizando materiais. Esse é o tema da Oficina de Marcenaria Urbana, neste sábado (13), das 9h às 16h, no contêiner-oficina onde funciona a base do projeto Urbanismo Caminhável, na praça Governador Pedro de Toledo (praça da Matriz), no Centro, dentro de suas atividades semanais aos sábados.

O evento vai contar com o apoio de dois marceneiros, com equipamentos e materiais como parafusos e madeiras. As atividades serão orientadas pelos técnicos do coletivo que atua no projeto coordenado pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente. As entidades envolvidas são Instituto Mobilidade Verde, Zoom Urbanismo, Escritório Thaísa Froes e Contain (it).

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Mesas coletivas, assim como bancos e outros mobiliários urbanos, formam o alvo da oficina

Mesas coletivas, assim como bancos e outros mobiliários urbanos, formam o alvo da oficina

Um dos objetivos é mostrar aos cidadãos e cidadãs de Jundiaí que são possíveis intervenções criativas e viáveis para a melhoria dos espaços públicos usados pelos moradores. Em um caso paralelo, a Design Weekend promoveu em 2014 o surgimento de um parque de 200 metros quadrados com árvores e bancos diferenciados em apenas 24 horas no Largo da Batata, na capital paulista.

De acordo com a coordenação técnica, a oficina de Marcenaria Urbana vem expandir o entendimento das possibilidades de reapropriação da cidade por seus moradores, mostrando que o projeto não visa apenas aos “parklets” mas também a requalificação urbana de todos os espaços potenciais com a participação da própria comunidade.

Mapas afetivos
Uma outra atividade diferenciada foi agendada nesse projeto da Prefeitura de Jundiaí pelo coletivo paulistano Arte Fora do Museu, que tem o jundiaiense André Deak entre seus integrantes, para a tarde de segunda-feira (15), a partir das 14h. Usando ferramentas tecnológicas, o projeto de Mapas Afetivos parte do conceito de que cidades não são feitas apenas de concreto, mas sobretudo de pessoas e suas histórias, sendo possível criar mapas com elas.

“Pessoas ocupam um território e é nele que suas vidas acontecem. E as histórias nos conectam uns aos outros. Trazem empatia ao dia a dia. Assim, um lugar que não era importante talvez mereça ser preservado, se soubermos que faz parte da narrativa de uma mãe e sua filha, ou de um casal que se apaixonou. Este foi o ponto de partida para construirmos o projeto Mapas Afetivos. Ao exercício de mapear, que é antigo (mapas estão entre os pictogramas mais antigos do homem), reconhecemos a nós mesmos quando sabemos onde estamos. Talvez por isso, milhares de anos depois de deixarmos as cavernas, ainda gostamos de desenhar mapas. Sobretudo num século cada vez mais fragmentado, a cartografia traz alguma segurança, concreta, de que apesar de tudo mudar o tempo todo, pelos menos a latitude e a longitude ainda são dados fixos. Saber onde estamos é o primeiro elemento para começar a descobrir para onde ir, para trilhar um caminho em direção a um norte, um destino. Mesmo que, para muitos, esse norte seja o sul”, resume.

A proposta usa a técnica de mapeamento desenvolvida pelos argentinos do coletivo Iconoclasistas. Cada um dos oficineiros vai escolher imagens, ícones ou realizar desenhos e colagens sobre mapas da cidade, destacando espaços importantes para suas histórias de vida. Lugares que às vezes são considerados periferia, podem se mostrar centrais para muitas vidas. “Quem é que determina onde é o centro de um mapa, afinal?”, é a questão.

Na oficina redescobre-se a cidade e o entorno com um olhar estrangeiro – o olhar do outro. Fica o convite para também participar e revelar onde sua memória se conecta com lugares, ruas e bairros. Para construirmos juntos a memória coletiva das cidades.

Use #mapasafetivos no Instagram com o localizador ligado: sua foto e a legenda, com aquela história, vão automaticamente para o mapa coletivo.

O agendamento de propostas de atividades pode ser feito pela comunidade no próprio contêiner-oficina da praça da Matriz ou pelo e-mail urbanismocaminhavel@jundiai.sp.gov.br.

Equipamentos (com orientação de monitores) estarão disponíveis aos participantes na praça da Matriz

Equipamentos (com orientação de monitores) estarão disponíveis aos participantes na praça da Matriz

José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Reprodução


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2015/06/11/marcenaria-urbana-tem-oficina-neste-sabado-13-no-centro/

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