Projeto une pedestres e ciclistas no Centro
Publicada em 06/07/2015 às 17:14O projeto Urbanismo Caminhável, desenvolvido pela Prefeitura no centro histórico da cidade, reuniu no sábado (4) um grupo misto de pedestres e ciclistas no contêiner-oficina instalado na praça Governador Pedro de Toledo, no Largo da Matriz, para um exercício de sugestões de locais para a instalação de paraciclos, suportes de paradas de bicicletas na rua.
De acordo com a secretária Daniela da Camara Sutti, do Planejamento e Meio Ambiente, a atividade conjunta faz muito sentido porque em uma análise geral todas as pessoas são pedestres em algum momento. “Mesmo quem circula em ônibus ou veículos vai até algum local e depois realiza suas atividades caminhando, mesmo que em pequenos trechos. O mesmo ocorre com ciclistas”, explica.
Durante a atividade os participantes tiveram também contato com os planos em estudo no Grupo de Trabalho Cicloviário, que desenvolve levantamentos sobre os rumos desse modal de mobilidade. Tanto pedestres como ciclistas admitem que nas décadas recentes as cidades brasileiras e em boa parte do mundo acabaram sendo pensadas mais para motores do que para pessoas.
Dia Mundial do Pedestre
As atividades do projeto Urbanismo Caminhável, que seguem com muitas novidades em julho, ganham um caráter preparatório para o Dia Mundial do Pedestre, em 8 de agosto.
Especialista do Instituto Mobilidade Verde, que implementa o projeto ao lado da Zoom Urbanismo, do Escritório Thaísa Froes e do Contain(it) , o pioneiro dos parklets ou áreas de convívio nas ruas Lincoln Paiva afirma que a busca de cidades mais humanas ocorre desde pequenos centros até grandes metrópoles.
“Nossa linha é pesquisa aplicada. Já estivemos em municípios como Afuá, na ilha do Marajó, para conhecer como funciona uma cidade sem circulação de veículos onde tudo é resolvido a pé, de bicicleta ou em barcos. Também fizemos levantamentos em locais do Nordeste onde a percepção do espaço individual abrange a praça, os prédios públicos, as ruas, e não apenas sua área privada. Precisamos de uma mudança cultural, de percepção”, afirma.
O projeto envolve testes para os primeiros parklets no centro histórico, levantamentos de percepção em trajetos técnicos ou a criação de mobiliário urbano, além de novas metodologias sobre índices de caminhabilidade (IC) para equipes técnicas e também moradores, estudantes ou profissionais privados. Entre os produtos previstos estão o surgimento de manuais de orientação pública para intervenções urbanas pela própria comunidade.
O direito à cidade
O trabalho com o espaço público conta há vários anos em Jundiaí com movimentos de moradores, como o grupo de 36 ciclistas e simpatizantes que doou 18 paraciclos para uso em espaços públicos pela Prefeitura em uma ação colaborativa virtual iniciada no final de 2014 chamada Hackbike 7406. “A inspiração veio de propostas surgidas em edições anteriores do concurso Cidadanos”, afirma Henrique Parra Parra Filho, integrante de coletivos como o Voto Consciente. E há perspectiva de novas doações por outras instituições.
Essas mobilizações sociais de diversas causas que sempre fez parte da história da cidade, com uma apropriação, é uma das metas para a continuidade do projeto, que permanece com a base-contêiner na praça até agosto.
Um dos exemplos dessa interação veio na oficina com a desenhista e artista plástica Ignez de Castro (Dadí) mostrando a alguns participantes um exemplar da publicação independente “Revista Periquitas”, que republicou agora uma história em quadrinhos sua da década de 1990 chamada “O Grande Desaponte”. Trata-se de um registro com humor e arte sobre a grande campanha ocorrida ainda nos anos oitenta em Jundiaí contra a demolição da Ponte Torta, cogitada na época por setores da administração municipal ou da sociedade e depois revertida para o monumento que atualmente está sendo restaurado e em obras de sua praça rotatória.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ
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