Oficina de marcenaria urbana movimenta o Centro
Publicada em 20/07/2015 às 14:38Uma nova oficina da chamada “marcenaria urbana”, realizada no sábado (18) na praça Governador Pedro de Toledo, no Largo da Matriz, mostrou aos moradores e técnicos participantes que é possível encontrar soluções participativas para a melhoria dos espaços públicos. Organizada pelo projeto Urbanismo Caminhável, coordenado pela Prefeitura de Jundiaí e custeado por contrapartida privada de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), a atividade promoveu a montagem de mesas e bancos a serem usados na própria praça.
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A oficina encerrou uma semana que também contou com a abertura do primeiro “parklet” (micropraça criada sobre uma ou duas vagas de veículos) e com uma oficina sobre a técnica do cartograffiti.
De acordo com a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, a prototipagem definida nas ações do projeto até agosto é formada por intervenções temporárias que buscam testar as reações da comunidade a propostas práticas e teóricas voltadas para a caminhabilidade no sentido de melhorar a qualidade da relação dos pedestres com os espaços públicos como rua, praça, patrimônio e elementos urbanos.
Um grande número de pessoas parou para ver as atividades da oficina, que valorizam um conhecimento bastante disseminado na população (a marcenaria ou a carpintaria) para repensar as condições por vezes pouco aconchegantes dos espaços públicos. E muitas delas colocaram a “mão na massa” com serras, furadeiras e parafusadeiras disponibilizadas ao lado de opções de desenhos sugeridos e pedaços de pinus autoclavado.
Os trabalhos foram coordenados pelo grupo especializado Contain(it), que colabora no projeto ao lado de Instituto Mobilidade Verde, Zoom Urbanismo e Escritório Thaísa Fróes. Um dos conceitos aplicados é que a caminhabilidade exige também pensar em espaços de descanso e convívio ao longo de seus trajetos, um dos aspectos que formam o “índice de caminhabilidade” (IC) em elaboração para Jundiaí.
Técnica
Oriunda nesse caso de setores como o urbanismo e o design, a prototipagem é uma técnica comum na área de inovação e permite testes e ajustes em propostas antes de serem implementadas definitivamente.
Para o jardineiro José Ferreira, que mora no bairro São Camilo e acompanhou uma parte das atividades, é importante ver atividades que envolvam a comunidade no conceito de atuar pela sua cidade. “As pessoas hoje correm tanto que não se perguntam onde querem chegar”, afirmou.
O lado participativo é também um aspecto do projeto. Até mesmo o parklet instalado na rua do Rosário resultou de oficinas com moradores que discutiram locais e formatos para o teste com esse tipo de equipamento em Jundiaí, uma das primeiras cidades médias do país a testar essa inovação urbana dentro de um estudo maior sobre a valorização do centro histórico.
Para a secretária Daniela da Camara Sutti, que também esteve na atividade, o projeto integra o escopo maior do Plano de Reabilitação do Centro mas deve gerar manuais e orientações que possam depois ser replicados nos bairros.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Fotógrafos PMJ
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