Centro Histórico vira museu ao ar livre para estudantes
Publicada em 04/08/2015 às 16:15O projeto Urbanismo Caminhável concluiu nesta terça-feira (4) um ciclo de três encontros ao ar livre de um teste-piloto com estudantes dos últimos anos do ensino fundamental da escola municipal Emeb Rotary Club. E o resultado surpreendeu tanto educadores quanto alunos, que redescobriram o Centro Histórico como um grande espaço público e privado de surpresas e conhecimentos para os moradores.
“A atividade foi envolvendo os alunos a cada encontro, culminando neste com um interesse visível de todos. O comportamento mudou, mostrando que a proposta de entender a cidade de outra maneira realmente foi atingida”, destacou a professora de história Sandra Piovesan.
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A metodologia usada foi trazida em parceria com o projeto Acupuntura Urbana. Para a arquiteta e urbanista portuguesa Inês Fernandes, coordenadora da oficina, o trabalho usou três etapas. Na primeira, foi a oficina de “olhos vendados”, em que os estudantes foram levados a notar sensações e sentimentos para além da ideia de que já conheciam a cidade.
Na segunda, fizeram caminhadas guiadas pelo Centro, onde pontos de referência estavam marcados com uma interrogação e, no caminho, falaram com moradores, notaram detalhes e ouviram histórias variadas. E na terceira usaram tudo isso, inclusive fotos, para montagem colaborativa de painéis sobre esses lugares.
“Todos sabemos que centros históricos, no mundo todo, são museus ao ar livre. Esta intervenção usou aspectos de duas linhas de nosso trabalho, a transformação urbana e a ocupativação, dentro da proposta do Urbanismo Caminhável de valorizar a caminhabilidade e o engajamento comunitário”, explicou Inês.
O teste-piloto teve uma parceria da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente com a Secretaria de Educação. Um dos indicadores de resultados pode ser visto em comentário da estudante Amanda Carolina, do 9º ano, que lembrou nunca ter participado de atividade escolar externa no Centro Histórico. “É um aprendizado diferente”, afirmou.
A oficina foi acompanhada por técnicos como as arquitetas Ana Maria Boschi, da Secretaria de Planejamento, Thaísa Fróes, do Urbanismo Caminhável, e Priscila Meireles, da monitoria do contêiner-oficina.
Mais atividades
O projeto conta nesta semana com as oficinas de Jundiahy Centro Histórico Interfluvial, na sexta-feira (7), a partir das 15h, de Circuito Criativo e Cultural, no sábado (8) a partir das 10h, e de Cultivando Jundiaí, também no sábado (8), a partir das 14h30. Para participar, basta comparecer nesses horários no contêiner-oficina do Largo da Matriz.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Alessandro Rosman
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