Inteligência Regional da GM ganha adesão de Campinas
Publicada em 20/08/2015 às 17:10No dia em que o Conselho de Segurança Pública e Cidadania se oficializa com a solenidade de posse de 46 conselheiros titulares e outros 46 suplentes, solenidade que materializa o cumprimento da primeira meta do Plano de Segurança Pública e Cidadania, o serviço de inteligência regional das guardas municipais de Jundiaí e de outras 11 cidades ganha uma adesão importante: Campinas.
O município de 1,2 milhão de habitantes foi anunciado nesta quinta-feira (20) como novo parceiro na proposta que deu origem ao Centro Regional de Inteligência e Monitoramento (CRIM), uma espécie de banco de dados tecnológico que traz amplo material capaz de oferecer significativa contribuição em investigações criminais das próprias corporações como as de competência da Polícia Civil , além de auxiliar a Polícia Militar no policiamento ostensivo.
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Além de Campinas e Jundiaí, fazem parte do grupo Louveira (única da Aglomeração Urbana de Jundiaí), Vinhedo, Limeira, Jaguariúna, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Nova Odessa, Artur Nogueira e Monte Mor.
“A integração regional no trabalho de inteligência a partir de monitoramento e ações vai ampliar a segurança dos municípios. É exatamente esse contexto que forma o pilar de nossas propostas”, diz o coordenador geral do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), José Carlos Pires.
“Campinas é um dos principais centros do Estado e tê-la neste convênio só comprova a credibilidade desta iniciativa. Graças a este trabalho, o número de roubos e furtos de carros, por exemplo, caiu consideravelmente”, destaca o comandante da Guarda Municipal de Jundiaí, José Roberto Ferraz.
De acordo com Ferraz, as guardas de agora 12 cidades, com a inclusão de Campinas, contam em suas bases integradas com o sistema OCR, câmeras inteligentes de reconhecimento de placas de veículos, apontadas como essenciais para o êxito do trabalho cooperativo. “Essa é uma das regras para fazer parte do grupo”, conta o comandante.
Em síntese, trata-se de um conjunto integrado de software e hardware (Sentry) voltado para a gestão de informação de inteligência metropolitana, que vem auxiliar com ferramentas tecnológicas os gestores de segurança pública. “É como se fosse um ‘Prodesp Caipira’, voltado à segurança”, compara Ferraz.
O Prodesp é uma empresa de informática criada pelo governo do Estado de São Paulo para desenvolver e implementar, para os diferentes órgãos estaduais, soluções de governo eletrônico voltadas para a melhoria de processos operacionais. “No nosso no caso serve para ampliar a eficiência do nosso serviço de inteligência”, comenta Ferraz.
O CRIM conta com um banco de dados que reúne placas de veículos, fotografias e características de pessoas suspeitas, endereços, filiações e envolvimento com possíveis comparsas, entre outras informações, que são colhidas durante as operações realizadas em cada município.
Só as cidades que participam do Centro Regional de Inteligência e Monitoramento têm a responsabilidade de realizar pesquisas durante o período de investigação de qualquer tipo de delito.
Campinas passa a fazer parte do programa depois de apresentar detalhes de seu sistema de monitoramento e ação na reunião mensal do CRIM, na semana passada, em Jundiaí. O município foi representado pelo secretário de Segurança de Campinas, Luiz Augusto Baggio, que assinou a documentação.
Baggio considera o integração regional uma ferramenta poderosa no combate à criminalidade, porque criou uma espécie de bolsão de segurança. “O crime também se movimenta entre as cidades, por isso é preciso usar o serviço de inteligência para que possamos agir de forma conceituada e ultrapassarmos os limites dos municípios”, diz o secretário.
Nem bem iniciou a participação no CRIM e Campinas já apresenta números significativos. “Há pelo menos 120 casos registrados em que suspeitos de roubo, por exemplo, foram detidos por conta do monitoramento feito por cidades vizinhas, como Jundiaí”, destaca.
Ivan Lopes
Foto: Arquivo PMJ
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