No Complexo Fepasa, história do Paulista ressurge em Simpósio

Publicada em 27/08/2015 às 18:14

O 3º Simpósio do Patrimônio Material e Imaterial “Jundiaí: Histórias e Memórias”, promovido pela Secretaria de Cultura, recebeu, na tarde desta quinta-feira (27), o reencontro da história do Paulista Futebol Clube com suas raízes na Companhia Paulista de Estrada de Ferro e São Paulo Railway Company.

Entre os convidados estavam o jornalista esportivo Anelso Paixão, referência na cobertura esportiva regional, e o diretor de marketing do Paulista, Douglas Stephens. Com a palavra, Anelso iniciou o bate-papo ao apresentar sua experiência no universo do jornalismo esportivo e contou a aventura, ainda como estagiário em um jornal local. “Lembro de acompanhar, em 1984, a torcida do Paulista em uma caravana de trem até o Parque Antárctica, estádio do Palmeiras, quando o time subiu para a 1ª Divisão depois de golear o Vocem por 7 a 1.”

O jornalista Anelso Paixão (à direita) e Douglas Stephans, do Novo Paulista

Ele ainda falou sobre a ligação do esporte com a cidade e a ferrovia. “A história do time é totalmente entrelaçada à ferrovia. Em 1909, exatamente no vagão 34 da Companhia Paulista, um grupo de operários se reuniu para a criação do que hoje é o Paulista Futebol Clube.”

O diretor de marketing, Douglas Stephens, levou à discussão a nova visão do Paulista em relação à sua história cultural. “Esse simpósio é muito representativo para o time, pois traz à tona novamente a história dos trilhos que permitiram seu nascimento. Toda essa discussão é forte, pois resgata o Paulista das memórias de um período não tão feliz, mas que agora ressurge das cinzas nesse resgate da história”, disse o diretor.

O diretor de Patrimônio da Secretaria de Cultura, Donizetti Aparecido Pinto, ressaltou a importância da temática abordada durante o simpósio. “Este é um momento necessário. O simpósio trouxe para o Complexo Fepasa a história do Paulista novamente porque estamos em fase de processamento do registro para que o time seja reconhecido como patrimônio imaterial da cidade.”

Dentre os participantes do evento, o estudante de história Vinícius Brahemcha, 19 anos, relatou um momento de sua infância que despertou ainda mais a curiosidade dos presentes sobre a roda de conversa. “Toda essa nossa troca de ideias, me lembrou quando eu era pequeno e meu pai e meu avô me levaram a jogo do São Paulo contra o Paulista, acho em que em 2006. Lá eles me disseram que eu podia escolher entre seus times do coração. Entrei com a camisa do São Paulo e saí com a do Paulista”, brincou.

O simpósio continua nesta sexta-feira (28), a partir das 8h, no Complexo Fepasa, com apresentações artísticas e palestras. O evento termina no sábado (29), com visita técnica ao Centro Cultural Ermida, às 9h.

Confira a programação completa:
Sexta-feira (28)
8h – Intervenção artística;
9h30 – O papel do poder público no processo de preservação do patrimônio (Rafael Purgato e Jean Camoleze);
11h – Compac – registros e tombamentos (Maria Angélica Ribeiro e Erazê Sutti);
11h30 – Fundação de Energia e Saneamento: núcleo de documentação e pesquisa em Jundiaí;
13h – Curso – Tombamentos: Lei 443, tramites e métodos (Jorge Vecchi, Donizetti Aparecido Pinto e Eduardo Tomascevicius Filho);
15h30 – Apresentação dos desenhos e fotos;
16h30 – Anúncio da escolha da placa;
17h – Sarau cultural da alma poética e musical de Jundiahy;
19h – Orquestra de viola;

Sábado (29)
9h – Visita técnica ao Centro Cultural Ermida.

Assessoria de Imprensa
Foto: Paulo Grégio

Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2015/08/27/no-complexo-fepasa-historia-do-paulista-ressurge-em-simposio/

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