Conselho da Cidade trata do novo Plano Diretor
Publicada em 08/10/2015 às 15:19Os integrantes do Conselho da Cidade participaram, nesta quinta-feira (8), de um encontro com pauta principal no andamento atual do Plano Diretor Participativo. De acordo com o prefeito Pedro Bigardi, o debate sobre o futuro da cidade para os próximos dez anos ocorre em um momento peculiar de Jundiaí.
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“Apesar da instabilidade do momento atual do País, seguimos atraindo investimentos privados e implementando investimentos públicos. É claro que todos são afetados pela imprevisibilidade, teremos uma reunião de prefeitos da região na próxima semana em Jarinu sobre isso. Mas isso apenas reforça a importância de termos um rumo a médio prazo”, afirmou Bigardi.
Ressaltando a nota máxima (B+) alcançada pelos números de 2014 de Jundiaí no Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), do Tribunal de Contas do Estado, o prefeito apresentou aos presentes números de investimentos privados e públicos em andamento na cidade.
Ações prioritárias
A secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Câmara Sutti, mostrou que a proposta do plano em discussão vai incluir ações estruturais de médio prazo, incluídas pelo setor público e pela participação da comunidade no processo.
No desenvolvimento econômico sustentável, estão presentes o parque tecnológico, o polo de desenvolvimento rural-turístico, o polo de economia criativa e as obras de requalificação da região central.
Na infraestrutura, a ampliação de rede estrutural de transporte coletivo, a implantação de galerias técnicas (enterramento de tubulações) e qualificação do sistema de iluminação pública.
Nos sistemas ambientais, estão o plano de macrodrenagem, o sistema integrado de resíduos sólidos e a consolidação da reserva biológica da Serra do Japi.
Na mobilidade, estão a acessibilidade universal, a melhoria de circulação de pedestres, o plano cicloviário (que será alvo de consulta no dia 17 de outubro no auditório da Biblioteca), os eixos BRT Leste-Oeste e Norte-Sul e os projetos de intervenção urbana setorial.
No saneamento básico, a ampliação da represa municipal e o plano de reflorestamento de áreas de proteção em seu entorno.
Nos sistemas de espaços livres e áreas verdes, estão o parque linear do rio Guapeva (em grande parte da zona urbana), o parque linear do Fazenda Grande (em área de expansão urbana), o plano de recuperação das margens do rio Jundiaí e um plano de arborização urbana.
Nos equipamentos sociais, já estão pontos como um plano diretor de ocupação do Complexo Fepasa, um novo hospital municipal, o centro de excelência do esporte, o centro esportivo e cultural do vetor oeste, a reestruturação de centros esportivos (em especial nos bairros com déficit de equipamentos públicos), novos centros de referência de assistência social e novos equipamentos urbanos em áreas desassistidas.
No setor de habitação, a implementação do Plano de Habitação de Interesse Social e a infraestrutura para a faixa 1 das zonas especiais desse tema.
E, na área de patrimônio, um plano de valorização de bens culturais, obras de arte urbanas e monumentos a cidade.
“Muitas dessas propostas de médio prazo que serão inseridas no plano são temas que já estão em andamento”, destacou Bigardi.
Mudança intensa
O arquiteto Araken Martinho, integrante do conselho, lembrou a todos que Jundiaí vive uma mudança há mais de dez anos, ao passar de cidade industrial para cidade logística. “Isso abrange também a vinda dos paulistanos, por exemplo, que fazem subir o custo de vida e da terra. Tínhamos uma situação mais fixa, como diria o Milton Santos, e fomos escolhidos pela situação de fluxo. Temos de ter respostas mais adequadas do que tivemos antes para essa situação”, afirmou.
Um dos temas usados no debate, o andamento do Complexo Jundiaí (ampliação do Trevo da Avenida Jundiaí com os novos viadutos na avenida Nove de Julho e na ligação das avenidas Osmundo Pellegrini e córrego da Walkíria) envolveu também a necessidade de uma política de cidade para o futuro dos estacionamentos. Participantes lembraram de diversas cidades do mundo inteiro onde uma defesa da paisagem tirou os carros das ruas e levou-os para áreas subterrâneas.
Um dos conceitos usados no encontro foi a necessidade de “estender o olhar” sobre cada assunto para integrar ações de curto e de médio prazo.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Cleber de Almeida
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