Prefeitura discute propostas para agricultura urbana
Publicada em 26/11/2015 às 16:23Imagine todas as atividades que abrangem desde hortas em áreas desocupadas até grandes ou pequenos jardins verticais, de vasos de temperos ou canteiros medicinais até os telhados verdes, do plantio de árvores frutíferas até as trocas de bolos e sucos entre vizinhos. Tudo isso forma o tema abordado no 1º Encontro de Agricultura Urbana organizado pela Prefeitura nesta quinta-feira (26).
O encontro ocorreu na Unidade de Desenvolvimento Ambiental (Unidam), vinculada à Secretaria de Serviços Públicos, em parceria com a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo, com a Secretaria de Saúde e com o Instituto Agronômico de Campinas.
“É um tema em que podemos avançar muito na cooperação. Estamos nos preparativos de reaproveitamento de grande volume de resíduos orgânicos como adubo quando atingirmos um produto estável e seguro”, afirmou o secretário de Serviços Públicos, Aguinaldo Leite.
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No caso da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, com a secretária Daniela da Camara Sutti representada pelo diretor Marcelo Pilon, a avaliação também foi positiva, lembrando o recente levantamento de 928 fragmentos de mata nativa em área urbana ou a importância ambiental vista no processo participativo em andamento do novo Plano Diretor.
Também a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Turismo, com o secretário Marcos Brunholi representado pelo diretor Gilberto Bardi Filho, manifestou apoio para o avanço da atividade. “Já temos muitos casos de agricultores em área urbana”, comentou.
Multifuncionais
O pesquisador Afonso Peche Filho, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), destacou a ligação do conceito de agricultura urbana com a própria cidadania (ao estimular o convívio e a troca entre as pessoas), com a geração de alimentos (mudando a postura do consumidor para autoprodutor), com esse eixo de bem estar (melhorando inclusive a paisagem, mesmo de forma temporária) e com a economia solidária.
“As recentes tragédias, como a ocorrida em Minas Gerais, mostram que precisamos trocar o atual conceito de viver melhor ocidental, baseado em exclusão social e destruição da natureza, pela busca do conceito de bem viver com o pertencimento à comunidade e o respeito ao meio ambiente”, acrescentou Marcelo Pilon.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Cleber de Almeida
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