Seminário Internacional ‘Cidades a Pé’ destaca Jundiaí
Publicada em 30/11/2015 às 17:45O projeto-piloto Urbanismo Caminhável, implementado pela Prefeitura entre maio e novembro deste ano, foi um dos casos elencados no Seminário Internacional Cidades a Pé, organizado de quinta-feira (25) a sábado (28) de novembro pela Comissão Técnica de Mobilidade a Pé da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) com apoio do Banco Mundial.
A apresentação da experiência foi feita pelo consultor Lincoln Paiva, do Instituto Mobilidade Verde, na mesa redonda da sexta-feira (27) sobre mobilidade a pé e saúde, ao lado de Thais Mauad, da Faculdade de Medicina da USP; Renato Boareto, do Instituto Energia e Meio Ambiente; e Reetta Putkonen, do Departamento de Planejamento Urbano de Helsinki, da Finlândia.
No mesmo dia, participaram também do evento autoridades de Buenos Aires (Argentina), San Francisco (Estados Unidos) e Madrid (Espanha).
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Técnicos municipais foram destacados pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente para acompanhar todo o evento. Também marcaram presença monitores que atuaram no contêiner-oficina do Largo da Matriz.
“A principal meta de governo do prefeito Pedro Bigardi é trabalhar com uma cidade para pessoas. Essa iniciativa é um dos componentes dessa busca”, afirmou a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
Os objetivos do seminário, realizado no Instituto Tomie Ohtake, foram discutir e refletir sobre a importância do caminhar nas cidades, mostrando tanto o panorama atual dos municípios modernos que se desenvolveram de forma a dificultar o andar a pé e os seus efeitos negativos (em Jundiaí mais visíveis a partir da década de 1990) quanto as iniciativas, políticas públicas e estudos que já estão invertendo a lógica dos espaços urbanos ao promover cidades mais caminháveis.
De acordo com Lincoln Paiva, Jundiaí foi a primeira cidade brasileira a apostar numa ferramenta de auditoria de caminhabilidade para avaliar o quão caminhável são as ruas do centro da cidade a partir de um estudo aprofundado com técnicos, especialistas e participação da sociedade. O resultado foi um relatório com indicadores chave onde foi possível identificar as prioridades para investimentos em intervenções e projetos urbanos para mudar a lógica de mobilidade urbana.
Todos os relatórios e eventos do projeto, que também gerou colaborações em redes virtuais, estão disponíveis publicamente.
O trabalho contou com a consultoria do Instituto Mobilidade Verde, Zoom Arquitetura e do Escritório Thaisa Froes. Segundo Lincoln, outras cidades começam a se interessar pelo tema porque ocorre que cidades caminháveis são mais desenvolvidas e proporcionam maior qualidade de vida aos seus cidadãos.
“Cidades caminháveis são mais vibrantes, demandam menos recursos, as pessoas são mais felizes e economicamente viáveis”, afirmou.
O evento
Além do eixo de mobilidade a pé e saúde, o seminário também envolveu os eixos de desenho urbano e políticas públicas para a mobilidade a pé, cidades para todos e cidades a pé com experiências de ainda mais países como México, Colômbia e outros, ao lado de entidades como o Hospital das Clínicas, a WRI e grupos que estiveram no projeto em Jundiaí como Sampapé, Red Ocara e outros.
Um dos legados do projeto, além dos aspectos técnicos, urbanísticos e didáticos e de produtos como mobiliário de áreas públicas e parklets, é uma legislação para orientar a instalação de intervenções urbanas (como os próprios parklets) pela comunidade, que está sendo concluída pela Prefeitura. Uma segunda fase do projeto, quando viabilizada, deve ocorrer com bairros como foco principal.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Reprodução e Arquivo PMJ
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