Projeto-piloto busca pacientes com sintomas de hanseníase
Publicada em 29/01/2016 às 15:59Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado sempre no último domingo de janeiro, a Diretoria de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Jundiaí, realizou nesta sexta-feira (29) uma reunião com agentes de saúde e enfermeiros para falar sobre projetos que buscam diminuir a prevalência de casos da doença na cidade.
CONFIRA O BOLETIM DA HANSENÍASE 2015
Durante a reunião, a diretora de Vigilância em Saúde, Rosa Monetti Bueno, e o médico do Ambulatório de Moléstias Infecciosas (AMI), Claudinei José Martins, apresentaram o projeto-piloto de busca ativa de pacientes com sintomas de hanseníase que está sendo desenvolvido pelas equipes da unidade básica de saúde (UBS) Novo Horizonte, região da cidade que concentra grande população de emigrantes provenientes de zonas endêmicas.
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A busca ativa é realizada pelos agentes comunitários de saúde que passaram por capacitação e começaram a aplicar um questionário durante suas visitas domiciliares de rotina. Um critério de pontuação foi estabelecido e, de acordo com o resultado, as pessoas são encaminhadas para avaliação com médico ou enfermeira na UBS Novo Horizonte, em conjunto com a equipe médica do AMI.
As perguntas feitas pela equipe de agentes são bastantes simples. Eles procuram saber se a pessoa possui manchas com perda de sensibilidade na pele, formigamento ou choque nos pés e nas mãos, histórico familiar de hanseníase, entre outros sintomas.
Segundo Cinara Fredo, gerente da Vigilância Epidemiológica, é importante diagnosticar a hanseníase o quanto antes para que as sequelas sejam evitadas. “Por mais que estejamos em uma situação estável com relação aos casos da doença na cidade, é preciso acompanhar e monitorar constantemente cada caso”, frisou.
O objetivo é ampliar o projeto para outras UBSs da cidade que possuam o Programa de Saúde da Família (PSF).
CONFIRA O BOLETIM DA HANSENÍASE 2015
Saúde pública
A equipe da Vigilância também apresentou um boletim atualizado sobre a doença na cidade. Conforme o documento, desde 2005 Jundiaí encontra-se em uma posição confortável, com prevalência abaixo de 0,5 por 10 mil habitantes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como problema de saúde pública a prevalência de mais de um caso por 10 mil habitantes (não se acrescentam os casos já tratados com ou sem sequelas). No Brasil há localidades nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, especialmente, com mais de 10 casos por 10 mil habitantes.
Apesar da situação controlada, a Secretaria de Saúde do município realiza esse trabalho constante para diagnosticar e tratar rapidamente os casos suspeitos, buscando cada vez mais diminuir a prevalência da doença na cidade.
A hanseníase é uma doença não-hereditária e 100% curável, porém existe pré-disposição genética. Ela se apresenta sob duas formas operacionais: multibacilar, que é contagiosa, e paucibacilar, não-contagiosa.
Assessoria de Imprensa
Foto: Cleber de Almeida
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