Projeto Ponte Torta confirma reconhecimento na Itália
Publicada em 14/03/2016 às 13:29A quinta edição do Prêmio Domus Internacional, marcada para o dia 6 de abril na Universidade de Ferrara, na Itália, confirmou presença do projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta entre as ações reconhecidas oficialmente pela instituição. O dia seguinte vai ser dedicado a uma conferência dentro da Feira Internacional de Restauração.
Desenvolvido a partir de novembro de 2014 pela Prefeitura e pelo Estúdio Sarasá, apontado como prioridade pelo prefeito Pedro Bigardi, o projeto já havia sido escolhido anteriormente como representante estadual de São Paulo no concurso Bernardo Melo Franco, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
LEIA TAMBÉM
Riquezas da Serra do Japi exigem novas ações, diz evento
Mapas do Plano Diretor orientam urbano e rural em Jundiaí
Com forte participação da comunidade na atribuição de seu valor como monumento histórico, o projeto Ponte Torta resgatou sua história como referência da industrialização da cidade no século 19, sendo construída entre 1886 e 1888 com 50 mil tijolos pelo pedreiro italiano Pascoal Scolato. Mas também teve um papel físico e emocional na população ao longo do século 20. Outra marca do projeto foram as tomadas de depoimentos de moradores e os trabalhos em diversos bairros com uma carreta temática que levou o assunto para toda a cidade.
“A convergência entre conservação física e de memória comunitária, que é a base do conceito de zeladoria, foi um avanço nesse tema”, avalia a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti,.
Lista
Com uma grande lista de candidaturas de projetos para a menção honorável, a seleção teve maioria de projetos italianos. No campo internacional, além da Ponte Torta representando o Brasil, há apenas uma outra experiência, de Tokushima (no Japão). Da própria Itália entraram o Complexo das “Quattro Coronati” (em Roma), o Campanário do Sino da Catedral de Parma, a Abadia de São Clemente (depois de terremoto, em Pescara), o edifício romano do Museu Arcivescoville (em Ravenna) e a Vila de Koya (em Tokushima).
Também estão presentes casos de medalha de ouro, como o restauro da Igreja da Misericórdia em nome de São João Batista (em Turim), e de medalha de prata, caso do restauro do Teatro Thalia, de Lisboa (Portugal).
“Para nós é importante o evento por causa também da feira realizada lá”, afirma Toninho Sarasá. A equipe envolve ainda Marcelo Ramos, Graziella Giorgi Martin Gomes e as especialistas Flávia Sutelo e Magda Rosa.
No caso do projeto Ponte Torta, em Jundiaí, essa lista abrange ainda técnicos das secretarias de Planejamento e Meio Ambiente, Cultura, de Serviços Públicos e de Educação, moradores de diversos bairros da cidade e artistas, além de especialistas locais ou convidados, que formaram essa construção múltipla para a cidade que é o monumento da Ponte Torta.
Tema de revista
O projeto brasileiro em Jundiaí também vai ser alvo de um espaço na revista Paesaggio Urbano, que está sendo preparada para circular no Salão do Restauro. De acordo com a colaboradora da publicação, Mariana Rolim, “é muito bom encontrar um projeto brasileiro de patrimônio sendo reconhecido na Itália”.
José Arnaldo de Oliveira
Foto: Arquivo PMJ
-
22/12/2024
Serra do Japi contará com Inteligência Artificial para prevenção a incêndios
-
19/06/2024
COMDEMA convoca entidades interessadas em compor Conselho pela sociedade civil
-
15/03/2024
DEBEA incentiva adoção de PETs com deficiência
-
03/12/2023
Prefeitura vai plantar mais de 6 mil árvores nas margens do Rio Jundiaí
Baixe as fotos desta notícia na resolução original