Prefeitura aproxima Parque Tecnológico do Ciesp
Publicada em 27/04/2016 às 15:07O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcelo Cereser, fez uma breve apresentação sobre os principais conceitos do futuro Parque Tecnológico de Jundiaí durante a reunião mensal do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), na noite dessa terça-feira (26). Na ocasião, Cereser tirou dúvidas e abriu o tema a diretores das escolas Sesi e Senai e para conselheiros do Ciesp. A participação do secretário foi a convite do diretor titular da entidade, Mauritius Reisky.
No momento, o secretário aproveitou para amarrar uma aproximação ainda maior com o Ciesp – a terceira maior regional do Estado – no sentido de discutir o perfil da indústria do futuro e quais os caminhos para a impulsão da pesquisa e da criação de tecnologia locais para redução de custos e otimização produtiva, e a vocação do Parque em abrigar as “mentes pensantes” por trás disso.
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Uma bandeira que foi batizada de Núcleo de Estudos Avançados da Indústria do Futuro, um braço do Centro de Inovação Tecnológica (CitJun). A meta é discutir, analisar e propor ações, algumas por meio de políticas públicas voltadas à competitividade da indústria para o futuro, e como a pesquisa e o desenvolvimento de novos meios estão diretamente ligados a essa realidade.
“Não adianta apenas construirmos um prédio e inaugurá-lo. O que vamos fazer lá dentro, senhores?”, indagou Cereser a uma plateia atenta. “Chegou o momento de o Ciesp usar toda sua expertise, via Senai, Sesi e Indústrias, para pensar e discutir a realidade dessa indústria do amanhã. Não podemos perder esse bonde da história”, alertou.
Cereser propôs uma junção de forças para fazer de Jundiaí, em médio e longo prazo, protagonista no desenvolvimento de novas tecnologias que facilitem ou encurtem os processos de produção.
“O mercado vive em constante mudança. Eu penso que muitas pessoas que foram demitidas recentemente da Indústria vão ser recontratadas novamente, mas prospecto uma alocação de mão de obra do setor secundário para o setor terciário da economia”, adiantou Mauritius, referindo-se a uma configuração futura, em que o prestador de serviço tecnológico e científico vai ganhar musculatura frente ao tradicional operário de chão de fábrica. “Como podemos contribuir com essa reengenharia?”
Pé no futuro
O Núcleo de Estudos quer articular com academias de ensino, indústrias, empresas e Poder Público uma agenda propositiva que vá ao encontro dos gargalos da indústria local. A indústria do futuro bate à porta, explica o presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia, professor doutor Devanildo Damião, que encampa o esforço de Jundiaí para fazer do Parque Tecnológico uma realidade próxima.
“Entramos na era em que o cibernético vai ser físico. Um exemplo disso são as impressoras 3D e em como elas vêm revolucionando e barateando a prototipagem para produção em escala de grandes empresas. Seria possível o uso conjunto de um equipamento desses pelas indústrias da cidade? Temos como reavaliar os insumos usados por essa tecnologia? Isso são apenas alguns exemplos”, explicou Devanildo.
O melhor exemplo desse espírito colaborativo que costura pesquisa, ciência, inovação e tecnologia é a Fablab, que ganhou recentemente notoriedade após veiculação no dominical da TV Globo, Fantástico.
Thiago Secco
Foto: Alessandro Rosman
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