Prefeitura reivindica verba do Estado para São Vicente
Publicada em 17/05/2016 às 15:50O prefeito Pedro Bigardi participou da segunda audiência pública para discutir as prioridades do orçamento de R$ 207 bilhões do Governo do Estado de São Paulo para 2017. O evento, recebido pela Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (17), é organizado pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
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Além de Bigardi, compuseram a mesa diretiva o deputado estadual e presidente da Comissão de Finanças, Mauro Bragato, os também deputados estaduais Edmir Chedid e Luiz Fernando Machado, o presidente da Câmara, Marcelo Gastaldo, e o prefeito de Louveira, Nicolau Finamore Júnior. Jundiaí faz parte de um seleto rol de 21 municípios que recebem as audiências para participação popular.
Uma boa contribuição, se aprovada, pode se tornar uma emenda parlamentar em setembro, quando a Alesp deve aprovar a peça orçamentária. Na confecção do último orçamento, foram 25 emendas vindas das audiências pelo interior do Estado, que significaram, juntas, R$ 153 milhões. A Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) esteve representado por secretários, diretores e demais autoridades.
“Quero aproveitar a oportunidade para deixar registrado quatro pedidos”, abriu a fala o prefeito Pedro Bigardi, que destacou o caráter valoroso na participação coletiva do processo. “Primeiro, precisamos de recursos para a construção de uma segunda base do Corpo de Bombeiros na região leste da cidade. Na mesma linha, peço ajuda do Estado para a construção de uma base da Polícia Militar no Caxambu. A cidade pode e quer ajudar, mas, sozinha, não tem como arcar com todas as despesas.”
Bigardi finalizou lembrando de dois gargalos que atualmente ocupam as conversas entre Jundiaí e o Estado. Primeiro, a questão do Hospital São Vicente de Paulo. A entidade, cadastrada no programa estadual Santa Casa Sustentável, ainda não recebeu um centavo dos mais de R$ 2 milhões a que tem direito mensalmente. “O São Vicente custa, por ano, R$ 110 milhões a Jundiaí e R$ 30 milhões à União. Se o Governo do Estado encampasse essa luta, sanearia boa parte dos problemas do hospital”, alertou o prefeito, assunto novamente lembrado, momentos depois, pelo secretário de Saúde, Luís Carlos Casarin, em plenária. “Vemos uma ausência da contribuição do Estado em colocar em funcionamento pleno o Hospital Regional e em melhorar o atendimento do AME, que é a porta de entrada do Hospital Regional.”
Por fim, o polêmico anúncio de uma possível venda da área estadual onde hoje está o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), às margens da rodovia Dom Gabriel. “Temos de nos posicionar fortemente contra essa decisão. A área do IAC é uma zona especial de qualidade ambiental, já contemplada, inclusive, no Plano Diretor Participativo da cidade. Ela tem um valor científico, um valor de pesquisa e um valor ambiental”, argumentou Bigardi.
“Esta audiência pública é importante por trazer o debate das prioridades orçamentárias para mais perto dos municípios e das pessoas que mais conhecem a realidade das cidades“, defendeu a diretora do Departamento de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Finanças, Maria Luisa Denadai.
Já para a assessora do Gabinete do secretário de Finanças, Silvânia Azevedo de Sá, “as reivindicações feitas nas audiências podem ser apresentadas como emendas pela comissão e, se aprovadas, incorporadas ao orçamento estadual 2017”.
Compareceram à audiência o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), José Carlos Pires; o secretário de Educação, José Renato Polli; a secretária de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Valéria Silveira de Oliveira; o secretário de Transportes, Wilson Folgozi; a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara; secretário de Cultura, Jean Camoleze; o presidente do Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun), Eudis Urbano dos Santos; a titular da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, professora Marilza; a titular da Coordenadoria da Juventude, Narrinam Camargo; e o diretor-presidente da Escola de Governo e Gestão, Marcelo Lo Monaco.
Thiago Secco
Fotos: Cléber de Almeida
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