Exposição ‘Acrópole’ amplia período de visitação na Pinacoteca até o sábado (30)
Publicada em 22/07/2016 às 14:57A exposição “Acrópole”, que apresenta aos jundiaienses partes da coleção da revista homônima e que pertenceu ao arquiteto e prefeito Vasco Antonio Venchiarutti, foi prorrogado o sábado (30) na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes. O Acervo retrata a influência da documentação na arquitetura e no urbanismo da Jundiaí do século 21.
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O evento é resultado do trabalho do especialista Eduardo Carlos Pereira em parceria com a museóloga Maria Paula Pestana Barbosa e teve o apoio do Programa Estímulo 2014, da Secretaria de Cultura.
“É um conjunto de documentos que comprova o interesse na informação que esses periódicos traziam, sendo a revista considerada um guia dos arquitetos brasileiros e uma das fontes documentais para referências de construção na cidade”, afirma Eduardo, também autor de “Núcleos Coloniais e Construções Rurais” (2006), sobre a influência da imigração italiana e participante da XII Bienal de São Paulo (1973), além de ex-presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural.
A coleção mantida por Vasco (1920-1980) teve relação direta com sua atuação, que deixou marcas como o Edifício Carderelli, a Galeria Bochino, a ousadia do Ginásio Municipal de Esportes (Bolão), o Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari (o Parque da Uva, em sua versão original), o Viaduto São João Batista (integrado por escadas helicoidais com a Estação Central), a avenida Jundiaí (ainda antes da chegada da rodovia Anhanguera) e muitas outras obras, além dos primeiros passos para o Distrito Industrial e para a proteção da Serra do Japi na década de 1950.
A catalogação de exemplares da revista, do período entre 1945 e 1965, exigiu luva, máscara e pinceis por parte de Maria Paula Pestana Barbosa além da pesquisa pelos elementos relacionados com a inserção de Vasco Venchiarutti no contexto da modernidade brasileira no ambiente com nomes como Oscar Niemeyer e seus contemporâneos.
“A proposta é mostrar essa influência, criando uma relação de pertencimento junto à comunidade jundiaiense e destacar aspectos de processos de preservação do nosso patrimônio cultural”, afirma Maria Paula, que tem participação em eventos como o 4º Seminário Iberoamericano de Arquitetura e Documentação (IEDS), em 2015.
A seleção e digitalização levou em conta as publicações da revista sob o ponto de vista histórico e cultural, permitindo sua inserção em base de dados passível de ser consultada para a localização de textos e imagens por escolas, bibliotecas, associações e profissionais dos mais diversos setores.
“O Vasco não era um mero assinante. Ele era cúmplice, integrante dessas revistas. Sentia-se parte. Pertencia a ele. O conjunto de revistas é um documento para a cidade de como a arquitetura aconteceu com ele e como foi depois dele”, destaca Eduardo.
Protagonista em uma época em que a mancha urbana ainda crescia de forma orgânica a partir da região central (e não com núcleos desordenados), Vasco olhava a cidade de forma conjunta entre os aspectos urbanos, rurais, industriais, culturais e ambientais. Mas, ao lado de marcas do modernismo, testemunhou a destruição de boa parte da arquitetura colonial do Centro Histórico.
A mostra pode ser visitada de terça a sexta-feira, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h. A entrada é gratuita.
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
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