Reserva da Serra do Japi prepara novo elemento de educação ambiental
Publicada em 26/09/2016 às 18:29As atividades de educação ambiental da Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi (Rebio) passaram a contar com uma área de observação de reflorestamento induzido. O projeto foi iniciado nesse sábado (24) com o plantio de algumas espécies em um trecho da reserva que integra todas as atuais trilhas monitoradas.
Uma das primeiras áreas públicas da Serra do Japi, na primeira metade do século 20, essa área-alvo do projeto deve receber gradualmente, de acordo com sua proposta inicial, reforços na reintrodução de espécies nativas como o palmito juçara (Euterpe edulis) e outras, especialmente frutíferas, a partir de matrizes do próprio local para ampliar as condições favoráveis para a fauna.
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O projeto aproveitou a passagem do Dia da Árvore (ou Festa Anual das Árvores, outro dos nomes dessa data), sendo chamado de Educação Ambiental por meio de Restauração, Conservação e Enriquecimento Florístico no Sítio do Conserveiro.
O projeto foi organizado pelos monitores de trilhas de educação ambiental cadastrados no programa Nossa Serra, da Prefeitura, em coordenação de Osmar Francisco, Eduardo Pontes e Patrícia Polli em parceria com os demais monitores e colaboração técnica de Cassiano Orlato (Cetesb).
Entre as árvores plantadas estão espécies nativas como copaíba e jatobá.
A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e a Fundação Serra do Japi estão acompanhando o projeto, que conta ainda com apoio de profissionais da Unidade de Desenvolvimento Ambiental (Unidam), da Secretaria de Serviços Públicos.
“É uma iniciativa pioneira prevista nas diretrizes do plano de manejo da Rebio, que adapta o conceito de zeladoria para ações ambientais em plantios que serão realizados aos poucos, em conjunto com a população e principalmente com alunos das escolas municipais. Com esse vínculo indissolúvel entre cada árvore plantada e as crianças, adultos ou idosos que realizaram o plantio tem-se um começo duradouro porque pautado na questão educativa. Planta-se uma árvore, planta-se a vida”, afirma a secretária de Planejamento e Meio Ambiente, Daniela da Camara Sutti.
O local era usado desde a década de 1950, quando o ex-prefeito Vasco Venchiarutti lançou seu chamado à preservação da Serra, para moradia do chamado conserveiro (de estradas e instalações), como Florisvaldo Eufrásio de Souza, Antonio Oliveira Góes e seu filho Aparecido Oliveira Góes (Cidinho) e sua família. A casa não tinha energia elétrica e usava fogão a lenha, tendo detalhes antigos conservados em ação anterior dos monitores e da equipe técnica do setor de Planejamento e Meio Ambiente.
“O projeto visa o reflorestamento de uma área da reserva bem como o enriquecimento da vegetação do local, que é utilizado para educação ambiental de visitantes, estimulando a sensibilização e a conscientização da importância de recuperar e preservar a nossa Serra do Japi”, afirma o superintendente da fundação, Flávio Gramolelli Júnior.
Desde 1991, quando foi criada a Rebio Serra do Japi em parte da área tombada depois de manifestações como patrimônio natural estadual em 1983, o sítio passou a fazer parte da reserva biológica, tipo definido no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) com objetivos de preservação da biodiversidade, pesquisa científica e educação ambiental.
José Arnaldo de Oliveira
Fotos: Reprodução
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