Na luta contra o cigarro, mulheres são as que mais sofrem com recaídas

Publicada em 30/05/2017 às 18:23

Claudete teve recaída após ficar 12 anos sem fumar

O que Claudete Maria Bernucci Virillo e Rosana de Almeida têm em comum? Ambas começaram a fumar aos 14 anos. As duas se mantiveram refém do vício por três décadas e tanto Claudete, como Rosana reforçam uma estatística que atinge mais as mulheres do que os homens: as recaídas.

Atualmente, 12% das mulheres voltam a fumar, enquanto que 8% dos homens não sustentam a promessa de ficar sem o cigarro. A comparação é apresentada às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado nesta quarta-feira (31) e que serve de alerta para que mecanismos preventivos à recaídas sejam adotados, especialmente junto às mulheres.

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É o que defende o responsável pelo Programa de Assistência Intensiva ao Tabagismo (PAIT), Carlos Henrique de Moraes Costa. Segundo ele, a mulher sofre mais com as recaídas por ser maior receptora de nicotina no cérebro. “Além disso, as mulheres enfrentam fatores externos como ansiedade, depressão e pressão social que contribuem para a retomada do vício”, explica.

Claudete voltou a fumar após uma pausa de 12 anos. O cigarro ganhou o espaço de protagonista em sua vida durante o velório de sua mãe. Já Rosana, encontrou na perda do emprego o motivo que precisava para retomar as corriqueiras tragadas.

As histórias de Claudete e Rosana se cruzam novamente. Desta vez, no 4º andar do prédio do Núcleo Integrado de Saúde (NIS), na rua Rodrigo Soares de Oliveira, no bairro do Anhangabaú, onde semanalmente, acontecem as reuniões do PAIT. “Aqui eu encontrei o suporte que precisava para seguir em frente”, admite Claudete. “Somos uma família. Embora as experiências de vida sejam diferentes, o motivo que nos traz aqui é o mesmo”, completa Rosana.

Rosana sofre com duas recaídas

Para participar do PAIT, os pacientes interessados devem procurar as Unidades Básicas de Saúde para ingressar no programa, além de poderem obter outras informações pelo telefone (11) 4521-0733.

Os pacientes participam de seis sessões, em grupo, onde são aplicadas técnicas cognitivo–comportamentais e motivacionais, que constituem a base do tratamento. Os pacientes que necessitarem de tratamento medicamentoso receberão os medicamentos a partir da terceira sessão.

Mensalmente, são realizadas sessões de prevenção de recaídas e de acolhimento ao tabagista que deseja ingressar no PAIT. Essas sessões ocorrem no NIS, habitualmente nas últimas sextas-feiras de cada mês, às 14h.

Assessoria de Imprensa
Fotos: Prefeitura de Jundiaí


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2017/05/30/na-luta-contra-o-cigarro-mulheres-sao-as-que-mais-sofrem-com-recaidas/

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