Febre amarela: Jundiaí alcança 100% de imunização
Publicada em 14/02/2019 às 18:38Com 100% da população imunizada contra febre amarela, Jundiaí supera o índice do Estado de São Paulo, com 69,09%, que emitiu alerta para a necessidade da imunização dos paulistas contra a doença. Em situação mais confortável contra a doença, o Município mantém a oferta de doses da vacina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além do monitoramento constante nas áreas verdes contra nova circulação do vírus. Na Capital, um macaco foi diagnosticado com a doença, no Zoológico. Em todo o Estado, neste ano, a doença já atingiu 32 pessoas e nove morreram.
Os dados jundiaienses contabilizados até 31 de dezembro de 2018 registram apenas dois casos positivos (2017 – recuperado e 2018 – óbito), ambos por não se imunizarem. Para alcançar o resultado, o trabalho foi iniciado em abril de 2017, antes mesmo de haver a circulação do vírus no município. De forma preventiva, tendo por base estudo feito pelos técnicos da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e informações do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado, foram realização ações de vacinação ‘casa a casa’ nas áreas rurais mais vulneráveis, a abertura de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em horários ampliados e dias especiais inclusive no período noturno, além da montagem de Posto Avançado de imunização, no mês de outubro de 2017, no Parque da Uva, onde foram imunizadas 57 mil pessoas.
“O trabalho desenvolvido por Jundiaí, em especial pelos técnicos da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), garantiu à cidade tranquilidade. Foram necessárias ações drásticas como o fechamento do Parque do Corrupira, em plena véspera da comemoração ao Dia das Crianças no ano de 2017. Foi a melhor decisão tomada, já que o bairro foi o que teve mais registros de mortes de macacos positivos para a doença. A proteção não foi somente para os jundiaienses, como para a região, já que o Parque é frequentado por pessoas de várias cidades. Recebemos elogios do governador à época, Geraldo Alckmin, e somos citados como exemplo por técnicos estaduais”, detalha o prefeito Luiz Fernando Machado.
A diretora técnica da Divisão de Imunização do CVE-SP, Helena Sato, participou de um encontro realizado em Jundiaí sobre o tema, em 2018. “O trabalho de campo dos técnicos foi muito positivo. Uma cidade com mais de 400 mil habitantes registrar apenas dois casos da doença, ainda em áreas limites, mostra a efetividade das ações. As decisões foram importantes, não somente para a cidade, como para a região. A Divisão Regional de Campinas conta com 100% de cobertura, enquanto o Estado está com 69% e com áreas iniciando a vacinação há pouco tempo, como é o caso de Piracicaba, que também tem 400 mil habitantes”, detalha. O vírus segue em direção ao Sul do País, com recente epizootia (registro de macacos mortos positivos para a doença) em Itapeva e Registro, mas com velocidade inferior à registrada anteriormente.
“Pela característica ambiental de Jundiaí, – com 432 km quadrados de extensão total e 320 km quadrados de área rural, por onde circulam os mosquitos transmissores da doença da cepa ‘silvestre’, Haemagogus e Sabethes –, o registro de apenas duas pessoas contaminadas com a doença, sendo apenas uma morte, comprova a eficácia e a eficiência das medidas desencadeadas pela administração”, comenta o gerente da UVZ, Carlos Ozahata. A cidade registrou a morte de 76 macacos confirmados pela doença num total de 276 animais recolhidos mortos, entre os dois anos.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ
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