Boa gestão e combate ao descarte irregular colocam Jundiaí na vanguarda
Publicada em 09/10/2019 às 18:09O descarte irregular de Restos da Construção Civil (RCC) deixou de ser um problema de grandes proporções em Jundiaí. Em menos de 10 anos, caiu 32 vezes o número de pontos ilegais onde eram depositados estes resíduos – de mais de 1.600 locais em 2010 para 50 nos dias atuais. Entre as consequências desta nova realidade, estão as econômicas e as ambientais.
Com boa gestão financeira, investimento em tecnologia, fiscalização e consciência do uso correto dos recursos naturais do município, a Prefeitura de Jundiaí, através da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), aproveita parte destes restos e economizando na hora de produzir matérias-primas para a recuperação de ruas, calçadas e outros espaços públicos.
O asfaltamento na cidade está a todo vapor, por conta do programa Mais Asfalto, lançado no ano passado e que já recuperou mais de 110 mil metros quadrados de vias em diversos bairros de Jundiaí. Também foram colocados 2.700 metros quadrados de sinalização horizontal (pintura de faixas contínuas e de pedestres). Ao todo, 700 mil metros quadrados de ruas e avenidas serão melhorados nos próximos meses, com investimento de R$ 40 milhões.
Jundiaí tem instalado em seu Distrito Industrial o Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Geresol), implantado nos anos 90 e que vem passando por constantes melhorias em sua infraestrutura e no modelo de gestão adotado. “Hoje, o Geresol faz a triagem e a trituração de 15 mil toneladas de RCC por mês. Esse material passa por tratamento e se transforma em matéria-prima para obras de pavimentação e de drenagem na cidade”, informa o gestor da UGISP, Adilson Rosa.
Do entulho são gerados seis subprodutos. Um deles é o cascalho usado para melhoria das estradas não pavimentadas. “Já a areia e a pedra se transformam em concreto, utilizado em obras da prefeitura e da DAE. O resíduo de construção é 100% reciclado e volta como benefício para a população. Por isso é importante fazer o descarte adequado do material”, salienta o diretor de Limpeza Pública da UGISP, Márcio Moraes.
Produtividade
Abril de 2018 é considerado um marco importante na gestão do Geresol. Adilson Rosa lembra que, naquele mês, iniciou-se um novo contrato no qual se separou o pagamento por processo (triagem e britagem). “Com isso, nosso custo operacional anual caiu quase 50%, de R$ 23 milhões para R$ 11,8 milhões”, revelou Adilson Rosa.
As fiscalizações e autuações de quem descartava entulhos de construção de maneira irregular foram intensificadas há dois anos, de acordo com a UGISP. Contribuiu para isso a atualização da lei 2.140, de 1975. Os Ecopontos (locais de descarte de vários tipos de produtos reutilizáveis), anteriormente existentes apenas no Morada das Vinhas e no Jardim do Lago, foram ampliados e melhorados. O serviço chegou ao Jardim Tarumã, Jardim Novo Horizonte, Balsan e Jardim Fepasa e está em fase de implementação no Cidade Nova I e no Jardim São Camilo.
“Passamos a fazer mais e melhor com menos dinheiro, com matérias-primas de qualidade superior e beneficiando mais pessoas. A educação ambiental e várias campanhas, integrando os alunos da Rede Pública, foram outras ferramentas importantes na mudança deste cenário”, lembrou Márcio.
Mais dois exemplos de economia aos cofres públicos foram citados pelo diretor de Limpeza Pública da UGISP. “O recapeamento das alças de acesso do Complexo Viário das Valquírias, na altura do km 59 da rodovia Anhanguera, foi feito com material reciclado no Geresol, bem como a ampliação da Avenida 9 de Julho”, finalizou Márcio Moraes.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ
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