Curso ‘Técnicas Bioconstrutivas e Permacultura’ chega na terceira etapa com as técnicas de hiperadobe e reboque fino

Publicada em 19/05/2022 às 12:10

O programa Horta Urbana, desenvolvido pela Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), em parceria com as Unidades de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) e Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP), recebeu nesta semana mais uma etapa do curso Técnicas Bioconstrutivas e Permacultura, fruto da parceria com o Sesc Jundiaí.

Nesta terça-feira (17), os participantes receberam instruções para a construção de um banco com a técnica de hiperadobe e do reboco fino, para o acabamento da parede de adobe que foi levantada no último encontro, que aconteceu nos dias 3 e 4 de maio.

Alunos recebem instruções na horta urbana, todos de pé em círculo enquanto as novas técnicas são apresentadas
Moradores da região recebem instruções para as novas técnicas que foram utilizadas

Segundo a diretora do Departamento de Urbanismo, Sylvia Angelini, “esta experiência prática tem sido muito rica para os alunos e permissionários das áreas, que poderão reproduzir as técnicas nas demais hortas urbanas, dando escala ao programa”.

“Pela técnica bioconstrutiva e pela lição de vivência coletiva, cada um tem sua compreensão do seu papel no trabalho comunitário”, afirma a coordenadora do programa, Rita Stringari.

O chamado hiperadobe é uma técnica de bioconstrução, onde sacos raschel são preenchidos com terra e através de compactação manual, as camadas se estabilizam em um material estável e seguro. Já o reboco fino é composto de terra, areia e argila, e usado para o acabamento de paredes feitas com tijolos de adobe.

“O hiperadobe é uma técnica que vem desde as guerras, quando se construíam trincheiras. Seu nome pode enganar, pois ele é muito mais parecido com a taipa de pilão do que com a técnica de adode. Sua principal vantagem é o fato de que não se necessita carregar muitos materiais ou ferramentas para o local onde ela será aplicada. Basta os sacos raschel e a terra comprimida”, comenta o instrutor e arquiteto Cássio Abuno.

Instrutor Cássio auxilia uma aluna colocando terra dentro dos sacos para a construção de um banco de hiperadobe
Cássio auxilia na construção de um banco com a técnica de hiperadobe

Já o reboque fino foi utilizado para dar acabamento à parede de adobe que foi construída no último encontro. “Essa técnica utiliza apenas terra, areia e cal, em proporções livres dependendo de cada caso e lugar onde será aplicado. Sua vantagem, além da sustentabilidade, é que se forma um material mais maleável e ideal para as paredes de barro, diferente do cimento, que é um material muito rígido e não é o indicado para as paredes de arroba”, comenta a instrutora a engenheira civil Mariana Cintra Elias.

Para este material foram feitos testes com diferentes proporções do material até se chegar na mistura ideal.

Instrutora Mariana mostra as massas de teste, com diferentes proporções, feitas para o reboco fino da parede de adobe.
Mariana mostra as misturas que foram feitas para teste do reboque fino e escolhe o mais adequado

Programação do curso:

– 26 e 27 de abril: Introdução à bioconstrução e confecção de tijolos de adobe, com Tomaz Lotufo e Vidaya Pereira

– 3 e 4 de maio: Parede de adobe, taipa de pilão e reboco grosso, com Tomaz Lotufo e Bárbara Silva

– 17 e 18 de maio: Hiperadobe e reboco fino, com Tomaz Lotufo, Mariana Cintra e Cassio Yugo Abuno

– 24 e 25 de maio: Tintas naturais, círculo de bananeiras e avaliação, com Tomaz Lotufo e Gilberto Junior.

Assessoria de Imprensa


Link original: https://jundiai.sp.gov.br/noticias/2022/05/19/curso-tecnicas-bioconstrutivas-e-permacultura-chega-na-terceira-etapa-com-as-tecnicas-de-hiperadobe-e-reboque-fino/

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